Língua Portuguesa
Sugestão 1: Quebra - Gelo
Objetivos:
· Socializar;· Observar características de personalidade de cada aluno para maior conhecimento do grupo com o qual vai trabalhar;
·Estimular o gosto e prazer pelas aulas de Língua Portuguesa iniciando o trabalho com a nova proposta;
· Estimular o raciocínio lógico partindo de situações reais as quais expressarão sentimentos;· Estabelecer relações entre a vida cotidiana, a fala e a produção escrita;
· Confrontar diferentes abordagens com um mesmo tema;
· Produzir textos que sejam significativos.
Desenvolvimento:
O professor - dinamizador da atividade oferece uma frase para cada aluno e propõe que completem por escrito procurando expressar seus verdadeiros sentimentos, idéias e opiniões.
Exemplos de frases interessantes para serem completadas:
· Caminho sozinho pelas ruas da cidade, olho em volta e observo que...
· Hoje eu queria apenas...
· É muito difícil nos dias de hoje...
· Depois de um dia cansativo eu gosto de..
· Ah! Como eu gostaria de...
· Meu dia fica completo quando eu...
· Quando estou triste, gosto de...
· Neste momento a primeira sensação que tenho é...
· Quando estou em paz comigo mesmo gosto de...
· Como eu gostaria de reviver o dia...
· Dias felizes são aqueles em que eu acordo e...
· O meu maior sonho é...
· A minha felicidade eu gostaria de dividir...
· Minha maior alegria é...
· Quando estou cansado e quero sair da rotina eu...
· Eu me sinto completamente feliz quando...
· Quando eu cheguei a esta sala o detalhe que mais me chamou a atenção foi...
· Nesta cidade a gente passa, a gente olha, a gente...
· Quando abro a janela do meu quarto eu vejo...
· Se o tempo voltasse atrás eu gostaria...
Num segundo momento, após todos terem completado suas frases, de preferência com a turma sentada em círculo, para que torne o clima mais propício e um ambiente mais informal, propor que leiam a frase já completa.
Após todos terem apresentado suas frases é interessante debater sobre cada uma delas provocando os alunos a darem suas opiniões e expressarem seus sentimentos, indagando: _ Alguém faria o mesmo? _ Quem faria diferente? _ O que? _ Qual frase mais achou legal? _ Você a completaria assim? _ Foi difícil a tarefa?
Entre inúmeras perguntas... O professor pode aumentar ou diminuir as perguntas e o debate de acordo com o interesse da turma e o tempo disponível.
A terceira etapa é mais individual todos devem completar todas as frases, lembrando ao professor que deve frisar a importância de colocar sua verdadeira opinião, o que passou exatamente em sua mente ao ler o início da frase.
A partir desta atividade os alunos perceberão que a escrita nada mais é que uma forma de registrar para posteridade e para que outras pessoas possam ter acesso, seus pensamentos, idéias, falas, sentimentos.
O professor pode corrigir gramaticalmente e ortograficamente, juntamente com os alunos, cada frase caso sinta que há necessidade e que permanece o interesse pela atividade.Interessante: Caso haja o engajamento e interesse esperado por parte dos alunos, pode ser elaborado um texto coletivo, onde o professor através das falas, opiniões dos alunos vai reproduzindo por escrito em um cartaz ou no próprio quadro, orientando sempre, procurando usar idéias e frases de todos, um texto maior:
Uma Composição ou Redação propriamente dita.
Neste caso, os alunos se interessam pois quem escreve é o professor mas são eles que produzem a idéia do texto, evita a preguiça de elaborar sua composição pois a está fazendo em grupo, falando e de maneira mais informal.
Com as devidas orientações do professor, ao término todos os alunos serão autores do texto, e certamente, será gratificante e natural que todos desejem copiar o resultado final.Durante todas estas etapas o professor terá inúmeras chances de trabalhar ortografia e gramática, sem que os alunos sintam uma simples transmissão ou "decoreba" de conhecimentos.
Cabe ao professor – dinamizador da atividade saber conduzi-la para que seja útil e proveitosa. O professor será o facilitador de todo um processo de ensino – aprendizagem da Língua Materna e não um mero transmissor.
Será, sem dúvida, uma experiência agradável, diferente e prazerosa para todos.
Sugestão 2: Palavra Importante
Objetivos:· Socializar, mantendo a união do grupo proporcionando condutas de boa convivência;
·· Observar características de personalidade de cada aluno para maior conhecimento do grupo com o qual vai trabalhar, dando espaço para expressarem seus sentimentos;
·· Estimular o gosto e prazer pelas aulas de Língua Portuguesa dando continuidade ao trabalho com a nova proposta;
·· Estimular o raciocínio lógico partindo de suas preferências e sentimentos;
·· Estabelecer relações entre a vida cotidiana, a fala e a produção escrita;
·· Confrontar diferentes abordagens com um mesmo tema;
·· Produzir textos que sejam significativos.
·Desenvolvimento:Proponha aos alunos que pensem numa palavra muito importante para eles, uma palavra que gostam muito, que gostam de ouvir, de falar, de escrever, enfim, a palavra preferida.
Depois de eleita a palavra esta deve ser escrita por cada um, em letras grandes, no centro de um papel almaço duplo.
O professor - dinamizador deve propor que durante um tempo determinado cada um registre em forma de diagrama o maior número de palavras que mantenham relações de sentido com a palavra central.
Exemplo:Beijo namorado famíliaSaudade Amor coraçãoCarinho trabalho paixãoNum segundo momento, com os alunos sentados em círculo, para que o clima fique informal, todos devem apresentar suas palavras centrais, preferidas.
Constatar os alunos que elegeram a mesma palavra central e as demais que mantém relação com a mesma.
Fazê-los observar se com a mesma palavra central os alunos possam ter escritos palavras diferentes relacionadas.
Provocar para que em cada caso os alunos dêem exemplos de outras palavras que possam estar relacionadas com a central.
Indagar se todas realmente são relacionadas a central, e porque as são.
No final da apresentação várias palavras centrais e outras relacionadas a elas terão surgido, e através delas o professor deverá levar os alunos a perceberem A importância da escrita nas relações entre a vida cotidiana, a fala e a produção escrita; suas preferências e seus sentimentos.
A culminância da atividade é a produção de um texto individual onde todas as palavras relacionadas e a preferida devem constar.
É interessante deixar os alunos livres para escrever uma composição, um poema, uma história...
O intuito é que os alunos tenham ânimo em escrever, caso seja atingido o interesse e engajamento esperado sairão belas produções textuais.
Idéia:Podem ser corrigidas todas as composições num segundo dia, juntamente com os alunos, registrando-as, uma a uma no quadro e analisando as formas corretas ou incorretas gramaticais e ortográficas.
Após todas as composições corrigidas e rescritas montar um livro da turma, com capa, ilustrações e onde constem todas as produções textuais. O livro pode ser xerocado e divulgado na escola e para os responsáveis.
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
Seguidores: é só clicar em seguir! Não precisa ter blog, só qualquer end. do Google.
sábado, 11 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Formulário de contato
professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário