A tabela diz tudo: quanto mais se estuda, maior é o salário e menor é a taxa de desemprego.
Educação: oportunidades para quem estuda.A notícia é das melhores para quem está investindo na própria educação. Os salários das pessoas que conseguem chegar ao topo da formação escolar no Brasil já são equivalentes aos rendimentos obtidos por americanos e europeus com o mesmo grau de qualificação. Para o pessoal que parou no meio do caminho, atenção. A distância entre a remuneração dos sem-diploma e dos com-diploma está gigantesca, como mostra o quadro acima. O salário do trabalhador com ensino médio é superior ao dobro dos vencimentos de quem só tem o ensino fundamental. As médias salariais dos universitários diplomados são cinco vezes maiores (isso mesmo, cinco vezes) do que o salário de quem parou no ensino médio. E os que conseguem um título de doutor ou concluem um MBA chegam a garantir um contracheque duas vezes mais gorducho que o daqueles que interromperam a formação depois de obter o diploma da faculdade. O emprego para o pessoal sem qualificação está desaparecendo. O quadro coloca essa situação em números. Entre os universitários, a taxa de desemprego é de 3%, ou seja, padrão de economia americano. Para quem não acabou o ensino médio é de 13%, o dobro da média brasileira. Foi-se o tempo em que as montadoras, a construção civil e o setor de serviços conseguiam absorver levas de trabalhadores sem qualificação. As linhas de montagem exigem profissionais cuja formação seja suficiente para aprender a lidar com robôs. Nos canteiros de obras, os operários da construção precisam lidar com trenas eletrônicas. As grandes redes de hotéis querem camareiras prontas para enfrentar programas de treinamento em inglês, uma vez que boa parte dos clientes vem de fora. "Não dá mais para se comunicar por mímica", diz Vera Costa, diretora da rede de hotéis Accor. Detalhe: cinco anos atrás uma chefe de equipe de camareiras recebia em média 500 reais por mês. Hoje essa posição paga até 5.000 reais. O cargo era ocupado por profissionais experientes, mas sem escola. Agora é disputado por universitários. O xis da questão é que a maioria dos brasileiros não está preparada para participar da festa do mundo globalizado. O país conseguiu avanços dignos de nota, mas ainda tem enormes desafios pela frente. Só 11% dos jovens em idade de freqüentar a universidade estão matriculados. É um padrão muito baixo até entre os vizinhos latinos. Na Argentina e no Chile esse índice é de 30%. Entre os trabalhadores brasileiros, 65% só chegaram até os primeiros quatro anos do ensino fundamental, que é concluído em oito anos. "Os países estão produzindo riqueza, gerando inovações", diz o economista José Alexandre Scheinkman, de Princeton. "E inovações são geradas por gente educada", completa. As nações que já enfrentaram o desafio têm lições importantes a oferecer. Trinta anos atrás, a Irlanda era um dos países mais pobres da Europa. Vários governos seguidos mantiveram-se fiéis a um mesmo programa de metas e injetaram volumes pesados de dinheiro no sistema educacional. Em meados da década de 90, os irlandeses começaram a colher os primeiros frutos. Empresas se mudaram para o país, entre outros fatores, por causa da mão-de-obra qualificada. A Coréia do Sul, a Nova Zelândia e a Espanha também já foram primos pobres do mundo globalizado. O investimento em educação foi um ingrediente fundamental do sucesso alcançado por todos.
Educação: oportunidades para quem estuda.A notícia é das melhores para quem está investindo na própria educação. Os salários das pessoas que conseguem chegar ao topo da formação escolar no Brasil já são equivalentes aos rendimentos obtidos por americanos e europeus com o mesmo grau de qualificação. Para o pessoal que parou no meio do caminho, atenção. A distância entre a remuneração dos sem-diploma e dos com-diploma está gigantesca, como mostra o quadro acima. O salário do trabalhador com ensino médio é superior ao dobro dos vencimentos de quem só tem o ensino fundamental. As médias salariais dos universitários diplomados são cinco vezes maiores (isso mesmo, cinco vezes) do que o salário de quem parou no ensino médio. E os que conseguem um título de doutor ou concluem um MBA chegam a garantir um contracheque duas vezes mais gorducho que o daqueles que interromperam a formação depois de obter o diploma da faculdade. O emprego para o pessoal sem qualificação está desaparecendo. O quadro coloca essa situação em números. Entre os universitários, a taxa de desemprego é de 3%, ou seja, padrão de economia americano. Para quem não acabou o ensino médio é de 13%, o dobro da média brasileira. Foi-se o tempo em que as montadoras, a construção civil e o setor de serviços conseguiam absorver levas de trabalhadores sem qualificação. As linhas de montagem exigem profissionais cuja formação seja suficiente para aprender a lidar com robôs. Nos canteiros de obras, os operários da construção precisam lidar com trenas eletrônicas. As grandes redes de hotéis querem camareiras prontas para enfrentar programas de treinamento em inglês, uma vez que boa parte dos clientes vem de fora. "Não dá mais para se comunicar por mímica", diz Vera Costa, diretora da rede de hotéis Accor. Detalhe: cinco anos atrás uma chefe de equipe de camareiras recebia em média 500 reais por mês. Hoje essa posição paga até 5.000 reais. O cargo era ocupado por profissionais experientes, mas sem escola. Agora é disputado por universitários. O xis da questão é que a maioria dos brasileiros não está preparada para participar da festa do mundo globalizado. O país conseguiu avanços dignos de nota, mas ainda tem enormes desafios pela frente. Só 11% dos jovens em idade de freqüentar a universidade estão matriculados. É um padrão muito baixo até entre os vizinhos latinos. Na Argentina e no Chile esse índice é de 30%. Entre os trabalhadores brasileiros, 65% só chegaram até os primeiros quatro anos do ensino fundamental, que é concluído em oito anos. "Os países estão produzindo riqueza, gerando inovações", diz o economista José Alexandre Scheinkman, de Princeton. "E inovações são geradas por gente educada", completa. As nações que já enfrentaram o desafio têm lições importantes a oferecer. Trinta anos atrás, a Irlanda era um dos países mais pobres da Europa. Vários governos seguidos mantiveram-se fiéis a um mesmo programa de metas e injetaram volumes pesados de dinheiro no sistema educacional. Em meados da década de 90, os irlandeses começaram a colher os primeiros frutos. Empresas se mudaram para o país, entre outros fatores, por causa da mão-de-obra qualificada. A Coréia do Sul, a Nova Zelândia e a Espanha também já foram primos pobres do mundo globalizado. O investimento em educação foi um ingrediente fundamental do sucesso alcançado por todos.
Notícia publicada pela Secretaria de educação a distância da UEPB, em 2008.
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