Várias escolas possuem diferentes modos de organizar o conteúdo didático. Muitas delas preferem trabalhar com métodos prontos, como as conhecidas “apostilas”. Outras preferem escolher separadamente o livro que será usado como base para cada matéria. O que é certo, é que nem sempre esses materiais podem suprir todas as necessidades do professor.
Cada classe possui uma personalidade, diferentes níveis de entendimento sobre certos assuntos, e alunos com dificuldades diversas. Sendo assim, o professor deve estar apto a formular um Plano de Aula satisfatório sempre que for necessário. À frente da classe, ele tem de ser capaz de perceber o que mais precisa ser trabalhado de forma diferente, nem que isso signifique fugir um pouco da programação do material “pré-formulado” dado pela escola.
Estrutura do plano
O profissional usufrui de uma grande liberdade na hora de montar um plano de aula. Contudo, há certos itens básicos que devem ser observados e merecem ser seguidos. Montamos, resumidamente aqui, um esquema dividido em quatro etapas:
Escolher o tema da aula. Pois é a partir dele que todo o plano será elaborado.
Definir o objetivo e as competências que deverão ser desenvolvidas nos alunos.
Pesquisar os materiais que serão utilizados: livros, filmes, músicas, sites, sucata, tinta etc. Dependendo do nível da classe, uma bibliografia poderá auxiliar os alunos.
Criar estratégias de como e quando cada material e/ou as informações serão apresentadas ou utilizadas, para que o objetivo - no item 2 – seja alcançado com sucesso. A estratégia deve ser elaborada de forma a manter a atenção e a motivação dos alunos durante toda a aula. Provocar debates e questionamentos para o bom desenvolvimento do tema e, se possível, aproximar os alunos de forma prática e interativa ao que está sendo estudado.
Os temas
Os Planos de Aula são úteis para todos os níveis – todas as idades – e sua prática deve fazer parte do dia-a-dia do professor. A idéia de um bom tema pode surgir, por exemplo, de uma conversa entre professor e alunos. Uma pequena dúvida pode se transformar em uma grande aula, caso o professor saiba aproveitá-la. Enfim, a título de ilustração, um filme brasileiro em evidência, como “O ano em que meus pais sairam de férias”, de Cao Hamburguer, um dos finalistas para a indicação ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro, pode servir para se discutir um trecho da História do Brasil em aula.
Muitos sites se propõem a disponibilizar Planos de Aula já prontos, com bibliografia e tudo! Vale a pena conferir, tanto para utilizá-los quanto para aprender como se faz. O portal Vivência Pedagógica, por exemplo, oferece vários endereços eletrônicos de revistas e outros portais que possuem Planos de Aula para serem lidos livremente.
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
Seguidores: é só clicar em seguir! Não precisa ter blog, só qualquer end. do Google.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Planejamento das aulas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Formulário de contato
professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário