TERMOS DA ORAÇÃO
1. Termos Essenciais
Sujeito
É o ser (pessoa, animal ou coisa) sobre o qual se faz uma declaração:
Ele está escrevendo cartas.
Classificação do Sujeito
1. SIMPLES - o que possui apenas um núcleo:
Minha irmã foi ao mercado.
DESINENCIAL, OCULTO ou ELÍPTICO - o que é determinado pela desinência verbal:
Iremos à praia. ( = Nós).
COMPOSTO - o que possui mais de um núcleo:
Pedro e Paulo chegaram agora.
4. INDETERMINADO - o que não de pode ou não se quer determinar. O verbo pode estar:
a) na 3ª pessoa do plural - equivalente a eles, sem informação a respeito da pessoa:
Quebraram a vidraça.
na 3ª pessoa do singular (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) com o pronome SE , que será índice de indeterminação do sujeito:
Precisa-se de operários..
5. ORAÇÃO SEM SUJEITO ou INEXISTENTE - quando a oração é uma simples anunciação de um fenômeno, é a informação da ocorrência ou existência de algo ou apenas a indicação de tempo, quantidade ou distância.
ª. verbos que indicam fenômenos da natureza:
Anoiteceu..
verbo haver quando sinônimo de existir ou acontecer, ou ainda indicando
tempo:
Havia pessoas no jardim..
Observação - o verbo existir não é impessoal:
Existe um lustre na sala. / Existem lustres na sala.
ser indicando hora, data, quantidade ou distância (único caso de oração sem sujeito em que o verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural):
É uma hora. / São duas horas.
ser, estar, ficar, continuar, fazer, ir, passar, etc. indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido:
É primavera. Estava tão quente!.
Fez frio. / Fez dois anos que ele partiu.
Vai para cinco anos que nos conhecemos. Já passa de um ano que trabalho lá.
Há muitos meninos na praça. / Deve haver muitos meninos na praça. (Verbo impessoal)
PREDICADO
É a declaração que se faz sobre o ser:
Alguns garotos gostam de nadar.
Predicação Verbal
Quanto à predicação o verbo pode ser: intransitivo, transitivo ou de ligação.
1. INTRANSITIVO
É intransitivo o verbo que tem sentido completo, não precisando, portanto, de complemento verbal (objeto). São intransitivos:
chorar dormir entrar voar, etc.
Ex.: O bebê dormiu.
2. TRANSITIVO
É transitivo o verbo que não tem sentido completo e por isso precisa de um complemento verbal (objeto). O verbo transitivo divide-se em direto, indireto e direto e indireto:
direto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto direto) sem o auxílio de preposição. São transitivos diretos:
abrir amar comprar ver, etc.
Ex.: O menino contava as balas.
b)indireto - é o verbo que se liga a seu complemento (objeto indireto) com o auxílio de preposição. São transitivos indiretos:
acreditar concordar confiar crer precisar, etc.
Ex.: Cremos em Deus.
c) direto e indireto - é o verbo que precisa de dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e o outro com preposição (objeto indireto). São transitivos diretos e indiretos:
atear contar (= narrar) dar preferir, etc.
Ex.: Conte uma história às crianças.
3. DE LIGAÇÃO
É o verbo cuja função é apenas ligar o sujeito a um estado, qualidade ou atributo. É claro que haverá sempre, na oração um nome que representará o estado, a qualidade, ou o atributo. Esse termo chama-se predicativo. Exs.:
Ela é feliz. Ela é generosa. Ela é minha irmã.
São verbos de ligação:
Andar continuar estar ficar parecer permanecer ser tornar-se
Lembre-se de que o verbo só é de ligação se estiver acompanhado de predicativo (estado, qualidade ou atributo), caso contrário não terá a função de ligar o sujeito ao predicativo. Será então classificado como intransitivo:
Ela continua contente (de ligação). Ela continua na escola (intransitivo).
Classificação do Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal:
verbal - é aquele que tem como núcleo um verbo (intransitivo ou transitivo):
Maria brincava no parque (Intransitivo) Vocês já comeram o bolo? (Transitivo direto)
Acredito em você. (Transitivo indireto)
Entregue o embrulho a teu tio. (Transitivo direto e indireto)
2. nominal - é aquele que tem verbo de ligação e cujo núcleo é um nome, que se chama predicativo: Elas são enfermeiras.
3. verbo-nominal - é aquele que tem dois núcleos: um verbo (intransitivo ou transitivo) e um nome (predicativo):
Ele chegou febril. Os pais emprestaram o carro a Pedro preocupados.
PREDICATIVO
Predicativo é o termo que indica estado, qualidade ou atributo:
Ele viajou resfriado. Ele tornou-se culto. Ele é vendedor.
Classificação do Predicativo
predicativo do sujeito - é o que se refere ao sujeito:
Minha prima está satisfeita.(Minha prima é sujeito).
predicativo do objeto - é o que se refere ao objeto (direto ou indireto):
Encontrei minha prima satisfeita. (Minha prima é objeto direto).
COMPLEMENTOS DO VERBO
Os complementos do verbo são dois: objeto direto e objeto indireto.
OBJETO DIRETO - é o complemento de verbo transitivo direto e um dos complementos do verbo transitivo direto e indireto; normalmente está ligado ao verbo sem preposição.
Ele quer uma xícara de chá. (Transitivo direto)
II. OBJETO INDIRETO - é o complemento de verbo transitivo indireto ou um dos complementos do verbo transitivo direto e indireto; representa o ser ou coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo a ação se realiza.
Confie neles.
Exercício
1. Na frase “Acabei de me mudar”, o sujeito não está explícito. Que palavra poderia ser colocada antes do verbo?
2. Qual o sujeito da oração “ E já que nos conhecemos...”
3. “ E já que nos conhecemos...” Escreva no caderno uma ou mais orações que poderia completar o enunciado .
4. Encontre o sujeito das frases abaixo:
a) Por detrás das nuvens surgiu a lua cheia.
b) Saímos, meu companheiro e eu, em busca de aventuras.
c) Nada trouxeram meus tios de sua viagem.
d) Estava o nobre cavaleiro pronto para a glória das batalhas.
5. Dê exemplo de:
a) Frase nominal.
b) Frase verbal.
c) Oração absoluta.
d) Período simples
e) Período composto.
1. Complete com um verbo de ligação:
a) Mãe, o almoço __________ pronto?
b) Eu sei a verdade, mas ______ calado.
c) ______Todos irmãos.
d) Se não prestarmos atenção, a professora _______ uma fera.
e) Todos se levantam, mas ele _________ sentado.
2. Indetermine o sujeito das orações abaixo, usando o verbo na terceira pessoa do singular com o pronome se.
a) No Brasil, as famílias viajam muito para a praia no verão.
b) Naquela cidade, as pessoas trabalham bastante.
c) Vivemos bem em qualquer cidade deste país.
d)Nossa empresa precisa de uma secretária.
3. Leia a manchete: PREFEITURA COBRA MULTAS ATRASADAS
a) Reesecreva a frase indeterminando o sujeito.
b) Qual a intenção do autor do texto em utilizar o sujeito indeterminado na manchete?
c) Releia a oração que você escreveu e diga por que os jornais apresentam manchetes com esta estrutura.
d) Por que você supõe que isso aconteça?
e) Quem é o sujeito da orção da manchete? classifique-o.
f) Identifique o predicado e classifique-o.
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
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terça-feira, 17 de maio de 2011
sujeito
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professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
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