Neste nosso país tão continental, muitas vezes temos usos e pesos diversificados no trabalho com a literatura dentro da escola. Mesmo no trabalho voltado para a Educação Infantil e até o término do Ensino Fundamental temos estágios muito diferenciados nesse processo do uso da literatura. Sempre defendi a ideia de que o papel da escola é formar leitores. E para isso é preciso que ela seja eficiente no sentido de o professor exercer uma mediação afetiva em relação ao livro e à leitura. O trabalho com o livro, com a literatura, tem que ser um trabalho de aproximação e de diálogo. Não pode ser um trabalho de cobrança ou de atestar e/ou reproduzir determinadas coisas que não servem para nada.
A literatura tem que ser usada de uma forma lúdica, para encantar, para seduzir o leitor. E que ele tenha cada vez mais necessidade dessa literatura. Se eu me deparo na escola com obras que vão respondendo à minha necessidade de questionamento em relação ao mundo em que eu vivo e às questões que estou vivendo, cada vez mais vou me tornar poroso a essas obras e à necessidade de convivência com o livro.
A literatura tem que ser usada de uma forma lúdica, para encantar, para seduzir o leitor. E que ele tenha cada vez mais necessidade dessa literatura. Se eu me deparo na escola com obras que vão respondendo à minha necessidade de questionamento em relação ao mundo em que eu vivo e às questões que estou vivendo, cada vez mais vou me tornar poroso a essas obras e à necessidade de convivência com o livro.
O papel do(a) professor(a) e da escola é esse. Mas esse também é o papel da família e do Estado. Que as bibliotecas públicas sejam mais do que meros depósitos de livros, mas espaços culturais, espaços de convivência, de troca, espaços lúdicos. O grande barato da literatura dentro da escola é ela ser usada na forma da brincadeira. O livro é um brinquedo. O livro é também uma possibilidade de treinar nossos papéis no mundo, na forma do faz de conta, de uma forma lúdica.
Acho uma grande roubada retirar do currículo a possibilidade de conviver com a literatura, e acho que no bojo disso vêm todas as linguagens artísticas. Quando você mexe na possibilidade de tirar do espaço curricular essa convivência dos alunos com as artes, isso pode significar que passaremos a investir num sujeito cada vez mais racional e menos emocional.
Penso que incorremos exatamente no risco de privilegiar cada vez mais esse sujeito que não usa a sua emoção, que não abre a possibilidade para ver o mundo mediado pela fantasia. O que poderá ser de um sujeito que vive alijado dessa outra face da moeda, que é o seu lado humanitário, afetivo, emotivo? Portanto eu temo essa possibilidade.
Penso que incorremos exatamente no risco de privilegiar cada vez mais esse sujeito que não usa a sua emoção, que não abre a possibilidade para ver o mundo mediado pela fantasia. O que poderá ser de um sujeito que vive alijado dessa outra face da moeda, que é o seu lado humanitário, afetivo, emotivo? Portanto eu temo essa possibilidade.
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