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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cronograma para um planejamento de 3 dias


Se a rede prevê menos de cinco dias para que as escolas façam cada uma a sua semana pedagógica, o planejamento desses encontros fica ainda mais importante. Aqui, uma sugestão de cronograma concentrado em três dias de trabalho coletivo

PRIMEIRO DIA 
Manhã: Apresentação, diagnósticos e agendas Após dar as boas vindas a todos e pedir que se apresentem, fale sobre o perfil da comunidade e das famílias atendidas, explique como são combinadas as regras e como funciona a divulgação de informações administrativas. Fale um pouco da rotina e dos novos materiais adquiridos. Depois, distribua cópias do Projeto Político Pedagógico e apresente os diagnósticos internos e externos para iniciar a discussão sobre o que a escola oferece atualmente e qual o objetivo final. Aproveite para mostrar a organização do calendário com todas as reuniões e eventos previstos ao longo do ano e a grade horária das turmas. Defina também horários de formação permanente e apresente a programação da semana pedagógica para que a equipe saiba de quais reuniões participarão e os assuntos que serão abordados.

Tarde: Avaliação de projetos institucionais 
Os projetos institucionais devem enriquecer o currículo, mobilizar a comunidade e, principalmente, ser coerente com o PPP. Analise o que foi realizado em anos anteriores e as novas propostas do ponto de vista das contribuições pedagógicas. Leve também propostas desenvolvidas em outras instituições ou encontradas em bibliografia especializada que podem complementar as ideias já existentes ou serem adaptadas para a instituição.

SEGUNDO DIA Manhã: Passagem de turma Com os portfólios e mapas de aprendizado em mãos, o coordenador pedagógico deve organizar a equipe para que os professores que estão assumindo as turmas tenham informações sobre ela com base nos registros e nos depoimentos dos docentes do ano anterior. Para as turmas dos últimos anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, preveja um orador para falar sobre os avanços em cada área ou disciplina e outra para discorrer sobre o perfil da turma. Enquanto o coordenador orienta os professores, o diretor pode fazer uma reunião apenas com funcionários de apoio e administrativos para reforçar a importância de todos para os objetivos da escola. Escute sugestões de melhorias e monte um calendário de reuniões por área.

Tarde: Plano de ensino Momento de se dedicar à divisão de conteúdos por bimestre/trimestre e ao planejamento de atividades e projetos didáticos. Agrupe os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental por série e dos anos finais e do Ensino Médio por disciplina. Com base no PPP, no projeto curricular da rede e nas experiências de cada profissional será montado o plano de cada professor. A equipe gestora deverá passar por todos os grupos de trabalho para acompanhar as discussões e garantir que os objetivos da escola estejam contemplados no plano de ensino de todas as áreas. Avise que as propostas fechadas em grupos deverão ser apresentadas a todos no dia seguinte.

TERCEIRO DIA 
Manhã: Continuação do plano de ensino 
Depois de um dia de discussão, os professores precisam de um momento para apresentar os planos elaborados por disciplina ou série para todos. Isso ajuda a construir a unidade do currículo. Contribua e estimule os colegas, mesmo de outras áreas, a comentar e acrescentar sugestões. Combine com os professores um prazo para a entrega final dos planos de ensino e reforce que haverá reuniões de formação o ano todo para tirar dúvidas e colaborar com o aperfeiçoamento das aulas.

Tarde: Encerramento e recepção dos alunos 
Peça a equipe que avalie os debates dos últimos dias, aponte pontos a melhorar e relembre que o planejamento será monitorado ao longo do ano para ajustes e acompanhamento. Aproveite para refletir sobre a recepção dos estudantes nos próximos dias para que eles se sintam acolhidos e motivados.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)