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sábado, 3 de abril de 2010

O que é texto? quais os gêneros textuais mais frequentes?


uma forma de interação social, podem ter características faladas ou escritas, tamanhos diversificados. Por meio de um objetivo gira em torno de idéias e sentidos, se expressa de forma verbal e não-verbal.

Os Textos estruturam-se de acordo com algumas regras, fatores e características:

Contexto – como, com quem ocorrem as formas comunicativas; dados comuns ao emissor e ao receptor. Busca representar o ouvinte e o leitor, estabelecer o lugar que acorre a interação e quais finalidades.

Intertextualidade – é ser capaz de observar ou fazer ligações de um texto sobre outro, seja ou não do mesmo autor, porém de mesmo assunto. Quando lemos ou ouvimos um texto é necessária uma série de informações externas para um melhor entendimento do texto.

Parágrafo – um texto pode ser formado por diversos parágrafos, apresentado de acordo com o grupo de idéias. O parágrafo é composto de frases, é uma mudança de linha. Frase é expressa sentido. As frases podem ser: interrogativas, afirmativas, negativas, exclamativas e imperativas.

Fatores na construção do texto – o texto enseja coerência, trabalhar com coesão.

A coerência é um fator importante para a estruturação do texto, no ponto em que não se podem contradizer as outras partes do texto. Na verdade o texto deve ser coerente em um todo.

A coesão é uma conexão interna entre as várias partes de um texto. A melhor forma de usar esta ferramenta e dispor de forma correta o uso da gramática.

Organização dos textos – primeiro buscar uma finalidade, depois decidir sobre uma sequência. As sequências dividem-se em: narrativas, descritivas, dissertativas, instrutivas e com diálogos.

Gêneros de textos – são grupos de textos com características e formatos parecidos. Dividem-se em: textos científicos, textos de correspondência, textos instrucionais, textos jornalísticos, textos literários, textos literários com o uso de linguagem visual e verbal e textos publicitários.

Textos científicos – são divulgações científicas. Podem ser lidos em periódicos científicos, em revistas, em livros didáticos, em dicionários e enciclopédias.

Textos de correspondência – com o objetivo de outra pessoa ler ou visualizar. Podem ser divididos em: bilhete, carta, cartão-postal, e-mail e telegrama.

Textos instrucionais – sugere a função apelativa da linguagem. Podem ser: bulas, folhetos explicativos, guias de cidades, instruções de provas, manuais de instruções, receitas de cozinha, regras de jogos etc.

Textos jornalísticos – podem ser: anúncios, cartas, editorial, entrevista, notícia e reportagens.

Textos literários – nos textos literários é usada a criatividade, o jogo de imagens e figuras. Dividem-se em: conto, crônica, fábula, novela, peça teatral, poema e romance.

Textos literários com o uso de linguagem visual e verbal – podem ser: charge, cartum, história em quadrinhos e tira.

Textos publicitários – o objetivo do texto é seduzir o leitor ou convencer o consumidor de algo. Características: o uso de vários adjetivos, verbos no imperativo (apelativos), argumentativo e o uso de metáforas

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)