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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DEZ BONS MOTIVOS para fazer um planejameto no início do ano

I – Possibilita reflexão sobre o trabalho realizado no ano anterior na escola.
II – Possibilita a integração entre os professores, os que já estavam na escola com os que chegaram, pois sabemos que sempre há alguns professores novos.
III – Possibilita a análise dos dados do processo ensino e aprendizagem dos alunos, em que nível conceitual está, quanto já avançaram no seu desenvolvimento real, potencial e proximal.
IV – Possibilita a discussão coletiva e o conhecimento das ações desenvolvidas pelos diferentes professores, no ano anterior, é necessário que todos da escola discutam os objetivos que pretendem alcançar, permitindo assim o inicio do planejamento anual, que constituirá o ponto de partida que determina, justifica e da sentido à intervenção pedagógica.
V – Possibilita a construção compartilhada do planejamento, de todas as ações desenvolvidas na sala de aula, evitando assim a fragmentação dos objetivos e conteúdos, seja na educação infantil, nos ciclos do ensino fundamental ou no ensino médio.
VI – Possibilita compartilhar, discutir e analisar qual concepção de ensino e aprendizagem os professores trabalham, quais suas experiências, quais as experiências que foram produtivas e não produtivas para os alunos.
VII – Possibilita que a instituição se constitua como unidade educacional e que construa dinamicamente, com consciência um planejamento, no qual estão expressa as teorias e os saberes que sustentam a prática pedagógica dos professores.
VIII – O planejamento dá sentido às ações do dia-a-dia do professor, reduzindo assim o improviso, sua prática tem uma intencionalidade definida a partir dos objetivos que pretende alcançar.
IX – O professor tem a oportunidade de ser autor consciente de seu trabalho, saber por que está fazendo desta e não de outra forma.
X – O planejamento com os objetivos bem definidos a partir das capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam, certamente reduzirá as condutas contraditórias com os objetivos educacionais compartilhados e teremos melhores avanços no processo ensino-aprendizagem.
Para fazer um planejamento que atenda tanta diversidade é necessário que o professor faça uma profunda reflexão e mudança de sua prática e mudar é sempre muito difícil, não bastam bons cursos de formação, é muito complexo, Morin diz que “O ser humano tende a afastar tudo o que é complicado”, ele prega que se faça, com urgência, uma modificação nessa forma de pensar e conclui que “Só assim vamos compreender que a simplificação não exprime a unidade e a diversidade presente no todo”.

Perrenoud apresenta no seu livro Dez Competências Para Ensinar, alguns saberes para os professores,

 Trabalhar a partir das representações dos alunos.
 Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem.
 Conceber e administrar situações-problema ajustadas aos níveis e às possibilidades dos alunos.
 Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa.
 Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades.
 Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação.
 Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo.
Nestes exemplos mostramos que Perrenoud, faz uma abordagem por competências, e que, se bem planejadas e colocadas em prática na sala de aula nos levam a um aprendizado mais significativo.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)