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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

modelo de prova Língua portuguesa 6ª série: interpretação, sujeito e predicado

1Leia o texto com atenção:
SINAIS DA TERRA

O aquecimento global pode parecer demasiado remoto para nos causar preocupação, ou até mesmo incerto – talvez apenas uma projeção feita pelas mesmas técnicas computacionais que muitas vezes não acertam nem a previsão do tempo da semana que vem. Num dia gelado de inverno, poderíamos achar que alguns graus a mais na temperatura não seria tão mau assim. E os alertas sobre as mudanças climáticas súbitas podem parecer uma tática radical dos ambientalistas para nos obrigar a abandonar nosso carro e o conforto do nosso estilo de vida.
Talvez essas idéias nos consolem. Contudo, a Terra de fato tem notícias perturbadoras para nos dar. Do Alasca aos picos elevados dos Andes, o mundo está se aquecendo – agora mesmo, e depressa. Em termos globais, a temperatura subiu 0,6° C no último século, mas os lugares mais frios e remotos se aqueceram mais. O gelo está derretendo; os rios, secando; e os litorais, sofrendo erosão, ameaçando a vida de muitas comunidades. A flora e a fauna também estão sob pressão. Não se trata de projeções, mas de fatos concretos. (...)
Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmosfera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.
(...) Na verdade, o que estamos fazendo é pôr mais cobertores em cima do nosso planeta.

(APPENSELLER, Tim. Sinais da Terra. National Geographic Brasil, setembro de 2004.)

2. Compreensão do texto: marque com um X a resposta correta.

a) O texto esclarece que a temperatura subiu 0,6° C:
(A) nos últimos meses.
(B) no presente milênio.
(C) no último século.
(D) na última década.

b) O resultado de estarmos “há séculos derrubando florestas e queimando carvão, petróleo e gás” é
(A) a absorção rápida do calor.
(B) o aquecimento do planeta.
(C) o congelamento das águas dos rios.
(D) a diminuição das águas dos oceanos.

c) A questão central tratada no texto é
A) os efeitos da erosão.
(B) as mudanças climáticas.
(C) a poluição dos oceanos.
(D) a derrubada das florestas.

d) A finalidade desse texto é
(A) pressionar os políticos.
(B) aterrorizar os jovens.
(C) conscientizar as pessoas.
(D) criticar os ambientalistas.

3. Classifique os sujeitos da frase em: simples, oculto (desinencial), composto, indeterminado:
a) Anoitecia silenciosamente. ________________________________________________________
b) O picolé estava gostoso. __________________________________________________________
c) Talvez essas ideias nos consolem.___________________________________________________
d) Estava frio à noite. _______________________________________________________________
e) A casa e a fazenda estão á venda. ____________________________________________________
f) A flora e a fauna estão sobre pressão.____________________________________________________

4. Identifique o sujeito e o predicado de cada frase:
a. O homem colou o cartaz.

b. Fomos ao clube hoje cedo.

c. O aluno precisa de incentivo.

d. Lucas desobedeceu ao pai .

e. Deram o boneco as crianças.

f. O pássaro não voou pela manhã.

g. Dormimos bastante no feriado.

h. Tenho um grande amigo.

i. O rei e a rainha foram o baile.

j. O aquecimento global não é remoto.

2 comentários:

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)