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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Texto para estudo

Os quatro pilares em que se baseiam a educação:


• A Educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro


pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender


a viver juntos, aprender a ser.


• Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral,


suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar


em profundidade um pequeno número de matérias. O que


também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se


das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de


toda a vida.


• Aprender a fazer, a fi de adquirir, não somente uma


qualificação profissional mas, de uma maneira mais


ampla, competências que tornem a pessoa apta a


enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe.


Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas


experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos


jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do
contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao



desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.


• Aprender a viver juntos desenvolvimento a compreensão


do outro e a percepção das interdependências – realizar


projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos – no


respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão


mútua e da paz.


• Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua


personalidade e estar à altura de agir com cada vez


maior capacidade de autonomia, de discernimento e de


responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na


educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo:


memória, raciocínio, sentido estético, capacidades


físicas, aptidão para comunicar-se.


• Numa altura em que os sistemas educativos formais


tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em


detrimento de outras formas de aprendizagem, importa


conceber a educação como um todo. Esta perspectiva


deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas


educativas, tanto em nível da elaboração de programas


como da definição de novas políticas pedagógicas.


Fonte: Delores (2001: 101-102).

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)