SALADA SALADINHA
SALADA SALADINHA
BEM TEMPERADINHA
COM SAL
PIMENTA
FOGO
FOGUINHO
REI, CAPITÃO
REI
CAPITÃO
SOLDADO
LADRÃO
MOÇA BONITA
DO MEU CORAÇÃO
SUCO GELADO
SUCO GELADO
CABELO ARREPIADO
QUAL É A LETRA
DO SEU NAMORADO?
DEDINHOS
DEDO MINDINHO
SEU VIZINHO
PAI DE TODOS
FURA BOLO
MATA PIOLHOS
MACACA SOFIA
MEIO DIA
MACACA SOFIA
PANELA NO FOGO
BARRIGA VAZIA
HOJE É DOMINGO
HOJE É DOMINGO
PÉ DE CACHIMBO
CACHIMBO É DE OURO
BATE NO TOURO
O TOURO É VALENTE
BATE NA GENTE
A GENTE É FRACO
CAI NO BURACO
O BURACO É FUNDO
ACABOU-SE O MUNDO.
CADÊ?
- CADÊ O TOUCINHO
QUE ESTAVA AQUI?
- O GATO COMEU.
- CADÊ O GATO?
- FOI NO MATO.
- CADÊ O MATO?
- O FOGO QUEIMOU.
- CADÊ O FOGO?
- A ÁGUA APAGOU.
- CADÊ A ÁGUA?
- O BOI BEBEU.
- CADÊ O BOI?
- FOI AMASSAR O TRIGO.
- CADÊ O TRIGO?
- A GALINHA ESPALHOU.
- CADÊ A GALINHA?
- FOI BOTAR OVO.
- CADÊ O OVO?
- O FRADE COMEU.
- CADÊ O FRADE?
- FOI REZAR A MISSA.
- CADÊ A MISSA?
- ESTÁ NO ALTAR.
- CADÊ O ALTAR?
- ESTÁ NO SEU LUGAR.
LÁ EM CIMA DO PIANO
TINHA UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU MORREU
O AZAR FOI SEU
LÁ VEM O CROCODILO
ORANGOTANGO
AS DUAS SERPENTINHAS
A ÁGUIA REAL
O GATO
O RATO
O ELEFANTE
SÓ NÃO SE VÊ
OS DOIS PATINHOS
QUÉM QUÉM
COELHINHOS
DE OLHOS VERMELHOS
DE PÊLO BRANQUINHO
DE SALTO BEM LEVE
EU SOU COELHINHO
SOU MUITO ASSUSTADO
PORÉM SOU GULOSO
POR UMA CENOURA
JÁ FICO MANHOSO
EU PULO PRA FRENTE
EU PULO PRA TRÁS
DOU MIL CAMBALHOTAS
SOU FORTE DEMAIS
COMI UMA CENOURA
COM CASCA E TUDO
TÃO GRANDE ELA ERA
FIQUEI BARRIGUDO.
A GALINHA DO VIZINHO
A GALINHA DO VIZINHO
BOTA OVO AMARELINHO
BOTA UM,
BOTA DOIS,
BOTA TRÊS,
BOTA QUATRO,
BOTA CINCO,
BOTA SEIS,
BOTA SETE,
BOTA OITO,
BOTA NOVE,
BOTA DEZ.
LÁ NA RUA 24
LÁ NA RUA 24
A MULHER MATOU UM GATO
COM A SOLA DO SAPATO
O SAPATO ESTREMECEU
A MULHER MORREU
O CULPADO NÃO FUI EU.
PIRULITO
PIRULITO QUE BATE, BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU.
INDIOZINHOS
UM, DOIS, TRÊS INDIOZINHOS
QUATRO, CINCO, SEIS INDIOZINHOS
SETE, OITO, NOVE INDIOZINHOS
DEZ NUM PEQUENO BOTE
VINHAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO
QUANDO O JACARÉ SE APROXIMOU
E O PEQUENO BOTE DOS INDIOZINHOS
QUASE, QUASE VIROU.
A CANOA VIROU
A CANOA VIROU
POR DEIXAR ELA VIRAR
FOI POR CAUSA DO ZÉ
QUE NÃO SOUBE REMAR
TIRIRI PRA LÁ
TIRIRI PRA CÁ
O ZÉ É VELHO
E NÃO QUER CASAR.
UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ
UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ
TRÊS QUATRO, FEIJÃO NO PRATO
CINCO, SEIS, MOLHO INGLÊS
SETE, OITO, COMER BISCOITOS
NOVE, DEZ, COMER PASTÉIS.
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER
ELE MORA LÁ NA LAGOA
NÃO LAVA O PÉ
PORQUE NÃO QUER
MAS QUE CHULÉ!
BORBOLETINHA
BORBOLETINHA
TÁ NA COZINHA
FAZENDO CHOCOLATE
PARA A MADRINHA
POTI, POTI
PERNA DE PAU
OLHO DE VIDRO
E NARIZ DE PICA-PAU.
A JANELINHA
A JANELINHA FECHA
QUANDO ESTÁ CHOVENDO
A JANELINHA ABRE
SE O SOL ESTÁ APARECENDO
FECHOU, ABRIU
FECHOU, ABRIU, FECHOU
FECHOU, ABRIU
FECHOU, ABRIU, FECHOU
CORRE CUTIA
CORRE CUTIA
NA CASA TA DIA
CORRE CIPÓ
NA CASA DA AVÓ
LENCINHO NA MÃO
CAIU NO CHÃO
MOÇA BONITA
DO MEU CORAÇÃO
MARCHA SOLDADO
MARCHA SOLDADO
CABEÇA DE PAPEL
SE NÃO MARCHAR DIREITO
VAI PRESO PRO QUARTEL
O QUARTEL PEGOU FOGO
FRANCISCO DEU SINAL
ACODE, ACODE, ACODE
A BANDEIRA NACIONAL.
ATIREI O PAU NO GATO
ATIREI O PAU NO GATO-TO
MAS O GATO-TO
NÃO MORREU-REU-REU
DONA CHICA-CA
ADMIROU-SE-SE
DO BERRO, DO BERRO
QUE O GATO DEU
MIAU!
FUI AO MERCADO
FUI AO MERCADO COMPRAR CAFÉ
VEIO A FORMIGUINHA E PICOU MEU PÉ
E EU SACUDI, SACUDI, SACUDI
MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR
FUI AO MERCADO COMPRAR BATATA ROXA
VEIO A FORMIGUINHA E PICOU MINHA COXA
E EU SACUDI, SACUDI, SACUDI
MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR
FUI AO MERCADO COMPRAR MAMÃO
VEIO A FORMIGUINHA E PICOU MINHA MÃO
E EU SACUDI, SACUDI, SACUDI
MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR
FUI AO MERCADO COMPRAR JERIMUM
VEIO A FORMIGUINHA E PICOU MEU BUMBUM
E EU SACUDI, SACUDI, SACUDI
MAS A FORMIGUINHA NÃO PARAVA DE SUBIR
ERA UMA BRUXA
ERA UMA BRUXA
À MEIA NOITE
EM UM CASTELO MAL-ASSOMBRADO
COM UMA FACA NA MÃO
PASSANDO MANTEIGA NO PÃO
PASSANDO MANTEIGA NO PÃO.
SE ESSA RUA FOSSE MINHA
SE ESSA RUA, SE ESSA RUA FOSSE MINHA
EU MANDAVA, EU MANDAVA LADRILHAR
COM PEDRINHAS, COM PEDRINHAS DE BRILHANTE
SÓ PRA VER, SÓ PRA VER MEU BEM PASSAR.
NESSA RUA, NESSA RUA TEM UM BOSQUE
QUE SE CHAMA, QUE SE CHAMA SOLIDÃO
DENTRO DELE, DENTRO DELE MORA UM ANJO
QUE ROUBOU, QUE ROUBOU MEU CORAÇÃO.
SE EU ROUBEI, SE EU ROUBEI TEU CORAÇÃO
TU ROUBASTES, TU ROUBASTES O MEU TAMBÉM
SE EU ROUBEI, SE EU ROUBEI TEU CORAÇÃO
FOI PORQUE, SÓ PORQUE TE QUERO BEM.
POMBINHA BRANCA
POMBINHA BRANCA
QUE ESTA FAZENDO?
LAVANDO ROUPA
PRO CASAMENTO
VOU ME LAVAR
VOU ME SECAR
VOU NA JANELA
PRA NAMORAR
PASSOU UM HOMEM
DE TERNO BRANCO
CHAPÉU DO LADO
MEU NAMORADO
MANDEI ENTRAR
MANDEI SENTAR
CUSPIU NO CHÃO
- LIMPA AÍ SEU PORCALHÃO
TENHA MAIS EDUCAÇÃO.
FUI NO ITORORÓ
FUI NO ITORORÓ
BEBER ÁGUA, NÃO ACHEI
ACHEI BELA MORENA
QUE NO ITORORÓ DEIXEI
APROVEITA MINHA GENTE
QUE UMA NOITE NÃO É NADA
SE NÃO DORMIR AGORA
DORMIRÁ DE MADRUGADA
OH! DONA MARIA!
OH! MARIAZINHA!
ENTRARÁS NA RODA
OU FICARÁS SOZINHA
SOZINHO EU NÃO FICO
NEM HEI DE FICAR
PORQUE EU TENHO MARIA
PARA SER MEU PAR.
SE EU FOSSE UM PEIXINHO
SE EU FOSSE UM PEIXINHO
E SOUBESSE NADAR
EU TIRAVA A ANTÔNIA
LÁ DO FUNDO DO MAR.
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Parlendas e trava línguas para alfabetização
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professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
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