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sábado, 27 de novembro de 2010

Atividades para estimular a leitura e a escrita de diferentes gêneroS


Leitura com textos jornalísticos
Bloco de Conteúdo- Língua Portuguesa
Objetivos
Identificar os principais gêneros que aparecem nos jornais: editorial, notícias e reportagens.
Conhecer a organização de alguns jornais.
Diferenciar reportagens de outros gêneros encontrados nos jornais.
Localizar as informações principais numa reportagem.
Relacionar as imagens e as legendas numa reportagem.
Destacar as diferentes vozes numa reportagem.

Conteúdos específicos
Diferentes gêneros presentes no jornal.
Cadernos dos jornais.
Características das reportagens quanto a assuntos e linguagem.
Papel das imagens e das legendas.
Diferentes opiniões sobre o mesmo assunto.
Identificação das vozes dentro da reportagem.

Tempo estimado
Sete aulas de 50 minutos.

Material necessário
Diferentes jornais, transparência, retroprojetor, uma folha de papel craft e fita crepe.
Desenvolvimento
O jornal é um portador de diferentes gêneros: textos opinativos (editorial, cartas dos leitores, críticas), notícias, reportagens, dicas culturais, classificados etc. distribuídos em diferentes cadernos. Hoje, os alunos têm acesso a essa linguagem por diferentes formas, inclusive por meio dos telejornais. O trabalho com a leitura desses textos tem como objetivo conhecer essas linguagens para ter uma visão mais crítica do mundo.
O texto de reportagem, tema desta seqüência, é feito com base em pesquisas, entrevistas, levantamento de dados e citações, entre outros recursos. Apresenta diferentes vozes sobre o mesmo assunto e tem linguagem objetiva, clara e baseada na norma culta. Na reportagem, utilizam-se termos que não dão margem a diferentes interpretações. As citações entram entre aspas e as fontes são sempre identificadas. Variados, os assuntos das reportagens são todos aqueles que despertem interesse do leitor.

ATIVIDADE 1 O objetivo desta atividade é identificar o conhecimento que os alunos têm sobre a organização dos jornais. Apresente a seguinte situação: Uma pessoa precisa encontrar no jornal uma informação sobre um acidente de carro. Onde deve procurar? Observe as opiniões dos alunos. Traga para sala de aula diferentes jornais e entregue um exemplar para cada grupo. A primeira tarefa é fazer uma lista dos cadernos do jornal recebido. No fim da atividade, chame um estudante de cada equipe para colocar no quadro a lista dos cadernos encontrados e qual o tipo de assunto de que tratam. Peça que registrem as informações numa tabela com as seguintes colunas:

Nome do jornal
Cadernos encontrados
Tipo de assunto

Como lição de casa dê alguns assuntos para que coloquem em que caderno deveria aparecer. Exemplos: eleições para a prefeitura, aumento do dólar, time que venceu o jogo final do campeonato e filmes que estrearam no cinema no fim de semana.

ATIVIDADE 2 Apresente aos alunos três textos: uma notícia, uma carta de leitor e uma reportagem. Peça a leitura de cada um dos textos. Pergunte aos alunos as diferenças que percebem entre eles e quais os objetivos de cada um. Registre essas primeiras conclusões numa folha de papel craft. Chame a atenção para a reportagem. Se os alunos não souberem o nome desse tipo de texto, informe. Como lição da casa peça que tragam textos que julguem ser reportagens.

ATIVIDADE 3 Organize a turma em grupos e peça que cada um apresente os textos trazidos. Retome o que foi registrado no papel craft sobre as reportagens. Cada equipe deve avaliar se os textos trazidos pelos colegas são reportagens de acordo com o que foi registrado no cartaz. No fim da atividade, solicite que os estudantes apresentem o que cada grupo discutiu. Amplie a lista de características da reportagem.

ATIVIDADE 4 Apresente uma reportagem em transparência ou copiada. Pergunte de qual caderno deve ter sido retirada. Você pode utilizar os jornais que circulam em sua cidade. Liste no quadro-negro as hipóteses dos alunos. Localize com eles no cabeçalho o nome do caderno e a data. Em seguida, peça que eles identifiquem os títulos, os subtítulos e as imagens. Pergunte sobre o que consideram que a matéria tratará. Escreva no quadro-negro. Leia a reportagem junto com os alunos e chame a atenção para as diferentes opiniões que aparecem no texto. Chame a atenção também para o nome da jornalista responsável.Grife as vozes no texto e as informações contidas nele. Terminada a leitura, volte às hipóteses levantadas antes da leitura e veja quais se confirmaram. Discuta o que foi aprendido com a leitura e oriente todos a registrar no caderno. Como lição de casa peça que a turma traga outras reportagens.

ATIVIDADE 5 Retome a atividade da aula anterior e organize duplas. Elas devem ler as reportagens trazidas, completando um quadro com as seguintes colunas:

Título
Jornal
Caderno
Assunto abordado

ATIVIDADE 6 Proponha a leitura de outra reportagem. Terminada a tarefa, peça que registrem em outro quadro, com as seguintes colunas:

Título da reportagem
Jornalista
Assunto principal
Quem foi consultado

No fim, faça a verificação coletiva das atividades. Muito mais do que buscar acertos ou erros é importante dar ênfase aos procedimentos utilizados para encontrar as informações solicitadas. Como lição de casa, os estudantes devem fazer o mesmo com outra reportagem. Sugestão: você pode criar um banco com as reportagens trazidas pela garotada. Use uma caixa para arquivá-las.

Avaliação
Durante a realização da seqüência, registre o desempenho dos alunos de acordo com planilha abaixo:

SEQÜÊNCIA DIDÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS JORNALÍSTICOS
Ano:............
Professor(a):.............................
Período de realização: de......../....... a ......../.......

Nome
Identifica diferentes textos publicados nos jornais.
Reconhece características estudadas nas reportagens.
Identifica as idéias centrais nas reportagens lidas.
Identifica as diferentes vozes nas reportagens.
Trouxe os materiais solicitados.
Fez os registros pedidos.

Legenda: 1 (sim), 2 (em parte), 3 (ainda não)

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)