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domingo, 21 de novembro de 2010

Vozes verbais

1) Assinale o período em que não há verbo na voz passiva.
a) Comeu-se a banana.
b) Orientem-se pela bússola. c) Reformam-se ternos.
d) Recolheram-se todos os documentos oficiais.
e) Distribuem-se prêmios em toda parte.
2) Assinale o período em que se destacou o agente da passiva.
a) Ela é doida por cinema.
b) Ficou apaixonada pelo colega.
c) O trabalho será feito pelo competente funcionário. d) Pelo frio, as plantas murcharam.
e) Por mim, você pode sair.
3) Assinale o período em que não se deve expressar o agente da passiva.
a) Levantou-se o prédio pelos operários da construção civil. b) Erguem-se bandeiras.
c) O prédio foi levantado pelos operários da construção civil.
d) A moça foi raptada por ladrões profissionais.
e) Pelo engenheiro foram executados todos os trabalhos.
4) “O ladrão matou a moça.” Transpondo este período para a voz passiva analítica, teremos:
a) A moça está morta pelo ladrão.
b) Matou a moça o ladrão.
c) Matou o ladrão a moça.
d) A moça foi morta pelo bandido.
e) A moça foi morta pelo ladrão.
5) Assinale a alternativa em que se destacou o sujeito paciente.
a) As nuvens foram levadas pelo vento.
b) As nuvens foram levadas pelo vento.
c) As nuvens foram levadas pelo vento.
d) As nuvens foram levadas pelo vento.
e) As nuvens foram levadas pelo vento.
6) (Uelondrina 1995) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "Os examinadores teriam questionado os vestibulandos", obtém-se a forma verbal ..... .
a) seriam questionados
b) tinham sido questionados
c) questionariam
d) teriam sido questionados
e) haveriam de ser questionados
7) (Faap 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
"E das bocas unidas fez-se a espuma". Sujeito do verbo fazer:
a) bocas
b) bocas unidas
c) se
d) espuma e) indeterminado

8) (Uelondrina 1997) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "A prática tem demonstrado as vantagens desse negócio" , obtém-se a forma verbal .......... .
a) acabou demonstrando
b) vai demonstrar
c) tem sido demonstrada
d) têm sido demonstradas
e) demonstraram-se
9) (Ufrs 1997)
1 - Mas pra você não é uma pouca vergonha, é? - ela disse, secando as lágrimas. Voltava ao desafio.
2 - Eu sou homem, ou você não entende isto?
3 - Não entendo.
4 O Dr. Paranhos quedou-se quieto por um tempo marcado em séculos no relógio da agonia. Seus olhos baixaram para a mesa e assim ficaram, enquanto sua inteligência buscava uma forma clara de ilustrar a madrinha. Por fim, suspirou e disse:
5 - Eu tenho um argumento que você vai entender.
6 Levantou-se com certa dificuldade e ausentou-se da cozinha, onde ficamos suspensos por um fio em pleno abismo. Logo, porém, ele retornou com o argumento na mão. Girou o tambor do argumento. Depois, com um gesto calmo, solene, botou o argumento na cintura. Sentou-se novamente e disse, pausadamente:
7 - Tem uma coisinha, Dirce: ou este tal de feminismo acaba hoje, ou o que acaba é a tua mesada, se não acabar minha paciência antes. Certo? Agora vamos jantar. (SSÓ, Ernani. O SEMPRE LEMBRADO. Porto Alegre: IGEL/IEL, 1989. p. 136-7)
Considere as afirmativas seguintes, sobre voz passiva.
I - O trecho UM TEMPO MARCADO em séculos no relógio da agonia (4o. parágrafo) é o agente da passiva da frase em que está inserido.
II - Se a oração subordinada da frase EU TENHO UM ARGUMENTO QUE VOCÊ VAI ENTENDER (5o. parágrafo) fosse passada para a voz passiva, o resultado seria EU TENHO UM ARGUMENTO QUE VAI SER ENTENDIDO POR VOCÊ.
III - A frase GIROU O TAMBOR DO ARGUMENTO (6o. parágrafo) pode ser passada para a voz passiva.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III e) I, II e III
10) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo da voz passiva para a voz ativa a frase "Os avisos terão sido dados pelo coordenador", obtém-se a forma verbal ...... .
a) deu
b) dará
c) terá dado d) terão dado
e) foram dados
11) (Ufpe 1996) - "Sobre a historia do arquipélago, explicou que fora doado pelo Rei de Portugal, em 1504, a Fernão de Noronha. O primeiro nome fora ilha de São João. Naqueles tempos era comum batizar os lugares com o nome da festa religiosa do dia da descoberta. Pode-se dizer, então, que ela foi vista pela primeira vez por olhos de navegantes europeus num dia 24 de junho entre 1500 e 1503." (Abdias Moura, em o "Segredo da Ilha")
Observe "que fora doado pelo Rei de Portugal ...".
Sobre esta frase, não se pode dizer:
a) o verbo DOAR está usado na voz passiva;
b) DOAR é um verbo transitivo direto e indireto;
c) DOAR pode ser substituído por DAR;
d) REI DE PORTUGAL é agente da passiva e A FERNÃO DE NORONHA é objeto indireto;
e) é oração principal, dentro de um período composto por subordinação.
12) (Unitau 1995) - "Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de valor, não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, nossos esforços para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhecimento científico apareceram simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. " (Einstein, in: "O Pensamento Vivo de Einstein", p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
Observe:
I. "Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas."
II. "A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável."
As frases I e II estão, respectivamente, na voz
a) passiva analítica em I e ativa em II. b) passiva sintética em I e passiva analítica em II.
c) ativa em I e ativa em II.
d) ativa em I e passiva analítica em II.
e) passiva analítica em I e passiva analítica em II.
13) (Mackenzie 1996) - "Passam-se horas e horas por dia diante do computador."
Assinale a alternativa em que se encontra uma possível voz ativa da frase acima.
a) Os jovens passam horas e horas por dia diante do computador. b) É errado passar horas e horas por dia diante do computador.
c) Não é aconselhável passar horas e horas por dia diante do computador.
d) Horas e horas são passadas, por dia, diante do computador.
e) Horas e horas por dia não devem ser passadas diante do computador.
14) (Unitau 1995) - "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane." (Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1º. caderno, página 3)
Indique a alternativa em que existe voz passiva analítica:
a) As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade.
b) Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc.
c) Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca.
d) Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
e) Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil.
15) (Uelondrina 1995) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz ativa a frase "As datas das provas estavam sendo fixadas pela comissão de exames", obtém-se a forma verbal ..... .
a) estava fixando b) fixavam-se
c) eram fixadas
d) fixava
e) estavam fixando
16) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo da voz ativa para a passiva a frase "Os alunos haveriam de ouvir os conselhos do mestre", obtém-se a forma verbal ...... .
a) teriam sido ouvidos
b) haveriam de ser ouvidos c) haveria de ser ouvido
d) seriam ouvidos
e) ouvir-se-iam
17) (Uelondrina 1996) - Obtém-se a forma verbal "prejudica-os", transpondo para a voz ativa a frase:
a) Eles são prejudicados pelos próprios amigos.
b) Ele vem sendo prejudicado pelos empresários.
c) Ele é prejudicado pelos sucessivos equívocos.
d) Eles foram prejudicados pelo chefe.
e) Eles são prejudicados pela ambição.
18) (Pucsp 1999) - O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte do que o indivíduo e a pessoa se dissolve no genérico. Porque essa é a primeira e a mais grave mutilação que o homem sofre ao converter-se em assalariado industrial. O capitalismo despoja-o de sua natureza humana - coisa que não ocorreu com o escravo - já que reduz todo o seu ser à força de trabalho, transformando-o só por este fato em objeto. E como todos os objetos, em mercadorias, em coisa susceptível de compra e venda. O operário perde, bruscamente, e em razão mesmo de seu estado social, toda relação humana e concreta com o mundo: nem são seus os instrumentos que manipula, nem é seu o fruto de seu trabalho. Sequer chega a vê-lo. Na realidade, não é um operário, já que não produz obras ou não tem consciência de que as produz, perdido em aspecto determinado da produção. É um trabalhador, nome abstrato, que não designa uma tarefa determinada, mas uma função. Assim a sua obra não o distingue dos outros homens, tal como acontece com o médico, o engenheiro ou o carpinteiro. A abstração que o qualifica - o trabalho medido pelo tempo - não separa, mas liga-o a outras abstrações. Daí sua ausência de mistério, de problematicidade, daí a sua transparência, que não é diversa da de qualquer instrumento. (Paz, O. SIGNOS EM ROTAÇÃO. São Paulo: Perspectiva, 2a. ed., 1976, pág.245.)
Assinale a alternativa em que NÃO ocorre transformação de voz ativa em passiva ou vice-versa, nos trechos do texto.
a) que não designa uma tarefa determinada/ não tendo designado uma tarefa determinada b) a pessoa se dissolve no genérico/ dissolve-a no genérico
c) não produz obras/ obras não são produzidas
d) despoja-o de sua natureza humana/ ele é despojado de sua natureza humana
e) liga-o a outras abstrações/ ele é ligado a outras abstrações
19) (Fuvest 1989) - A transformação passiva da frase "A religião te inspirou esse anúncio." apresentará o seguinte resultado:
a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.
b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião.
c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.
d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião. e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio.
20) (Puccamp 1997) - A frase "Erros foram detectados em todos os setores" está corretamente transposta para a voz passiva pronominal em:
a) Detectou-se erros em todos os setores.
b) Alguém detectou erros em todos os setores.
c) Detectaram-se erros em todos os setores. d) Foi detectado erros em todos os setores.
e) Detectaram erros em todos os setores.
21) (Uelondrina 1999) - CONSUMIDOR E CIDADÃO
O consumidor brasileiro encontra melhores meios de exercer seus direitos do que o cidadão.
Os amplos recursos do recente Código de Defesa do Consumidor e a relativa agilidade dos Procons, em contraste com a morosidade da Justiça, impulsionaram um significativo aumento das atividades nessa área durante a década de 90.
A atuação dos Procons e de outras entidades privadas qualificadas para defender interesses coletivos parece ser também uma forma de responder à inoperância do Estado no que se refere aos direitos do cidadão.
A multiplicação de órgãos como os Procons e, de outra parte, dos centros de atendimento a clientes é um sinal de evolução do mercado brasileiro e mesmo de parte da sociedade. Mas esse fato mesmo é um indicador do atraso do país, pois faz pensar no que em geral ocorre quando, em lugar de uma empresa, quem está do outro lado do balcão é o Estado.
Donas-de-casa reunidas para zelar pela qualidade de produtos ou associações de "vítimas de atrasos aéreos", por exemplo, batem-se por questões que deveriam estar salvaguardadas pelo poder público.
O cidadão que utiliza o serviço público de saúde e é mal atendido não encontra um recurso comparável ao serviço que os Procons prestam a clientes insatisfeitos de seguros de saúde privados. O brasileiro está muito mais bem atendido quando se trata de reclamar contra produtos defeituosos, propaganda enganosa ou serviços privados mal prestados do que quando o problema está na escola pública ou na polícia.
O rápido crescimento das atividades ligadas a direitos do consumidor, entretanto, também exige algumas cautelas, seja contra uma atuação abusiva desses organismos, seja quanto a sua politização. Mas o que sobressai desse contraste entre consumidor e cidadão é que o atraso do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos não está apenas na economia. A distância é enorme quando se trata de respeito ao cidadão.
Transpondo-se para a voz ativa a frase "Certas questões deveriam estar salvaguardadas pelo poder público", obtém-se a forma verbal
a) deveriam ser salvaguardadas.
b) deveria salvaguardar. c) haveria de salvaguardar.
d) estariam salvaguardadas.
e) poderia ter salvaguardado.
22) (Faap 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
"E das bocas unidas fez-se a espuma". A partícula "se" é o:
a) sujeito
b) índice da indeterminação do sujeito
c) objeto direto
d) objeto indireto
e) pronome apassivador
23) (Uelondrina 1996) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "Não os enganaríamos por muito tempo", obtém-se a forma verbal ...... .
a) teriam sido enganados
b) enganar-se-iam
c) teríamos enganado
d) seriam enganados e) serão enganados
24) (Ufrs 1996) - Lá pela metade do século 21, já não haverá superpopulação humana, como hoje. Os governos de todo o mundo - presumivelmente, todos democráticos - poderão ¤incentivar as pessoas à reprodução. E será melhor que o façam com as melhores pessoas. A eugenia humana - a escolha dos melhores exemplares para a reprodução, de modo a aprimorar a média da espécie, como já se fez com cavalos - encontrará o período ideal para sair da prancheta dos cientistas para a vida real. Pessoas selecionadas por suas características genéticas serão empregadas do Estado. O funcionalismo público terá uma nova categoria: a dos reprodutores.
Este exercício de futurologia foi apresentado seriamente pelo professor do Instituto de Biociências da USP Oswaldo Frota-Pessoa, em palestra no colóquio Brasil-Alemanha - Ética e Genética, quarta-feira à noite. [...] Nas conferências de segunda e terça, a eugenia £foi citada como um perigo das novas tecnologias, uma idéia que não é cientificamente - e muito menos eticamente - defensável. (Teixeira, Jerônimo. Brasileiro apresenta a visão do horror. ZERO HORA, 6.10.95, p. 5, 2¡ Caderno)
Assinale a alternativa que apresenta a forma passiva correta da frase que começa em 'Os governos...' (primeiro parágrafo)
a) As pessoas poderão ser incentivadas à reprodução pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos. b) A reprodução será incentivada pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
c) A reprodução das pessoas poderá ser incentivada pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
d) As pessoas serão incentivadas à reprodução pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
e) O incentivo à reprodução será dado às pessoas pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
25) (Uelondrina 1998) - Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo a frase "Os danos deveriam ter sido reparados pelo responsável" para a voz ativa, obtém-se a forma verbal........
a) haviam de ser reparados
b) tinha reparado
c) deveria ter reparado d) devia ter reparado
e) deve ter reparado

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)