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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

substantivo: teoria e exercícios para ensino fundamental 1

Substantivo é tudo o que nomeia as coisas em geral, é tudo o que pode ser visto pego ou sentido.
Exemplo:
O cachorro tomou banho.
Cachorro é um substantivo.

Classificação dos substantivos

Substantivos comuns e próprios
Um substantivo é comum quando ele dá nome a uma categoria de seres ou objetos.
Exemplo: macaco, boca, mesa, computador, bolsa, boneca, etc.

Os substantivos próprios começam com a primeira letra maiúscula, e sempre se referem ao nome de pessoas, países, cidades, etc. O nome próprio se refere aos seres ou a coisas em particular.
Exemplo: Sara, Belo Horizonte, Brasil, etc.

ATIVIDADES

1) Coloque P nos substantivos próprios e C nos substantivos comuns.
a) macarrão
b) Canadá
c) Alemanha
d) Samanta
e) teclado
f) carro
g) relógio
h) Santa Catarina
i) Maria
j) sorvete
k) girassol
l) Holanda

Substantivos concretos e abstratos
Os substantivos concretos são aqueles que indicam a existência de seres reais ou imaginários.

Exemplos:
Reais: Brasil, Recife
Imaginários: bruxa, curupira

Os substantivos abstratos são aqueles que indicam sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações.

Exemplo:
Sentimento: amor, ódio, paixão;
Qualidade: honestidade, fidelidade, perfeccionismo;
Ações: trabalho, doação;
Estado: vida, solidão, morte;
Sensação: calor, frio.

ATIVIDADES
1) Observe as frases e reescreva somente os substantivos abstratos:
a) O amor que eu sinto por você é verdadeiro.
b) Hoje está muito frio.
c) Minha vida é um mar de rosas.
d) Estou muito feliz por ter você aqui.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)