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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Projetos pedagógicos: Convivência


Projetos Pedagógicos
Em virtude dos muitos anos de uma educação meramente conteudista, a escola de hoje enfrenta o dilema de conjugar competência cognitiva com formação de valores éticos. Nesse sentido, as diversas áreas do saber anseiam por uma linha educacional capaz de trabalhar o conhecimento científico aliado às possibilidades do uso racional e responsável para com a vida humana.
Esse projeto pedagógico busca, em sua essência, tomar para si esse desafio atual e trabalhar o tema de valores, na intenção de procurar, tanto nas questões práticas do cotidiano quanto no confronto com a realidade social excludente, desenvolver o senso de respeito, justiça, solidariedade e responsabilidade social. Acreditamos que a aproximação da família com a escola seja pré-requisito indispensável nesse processo, posto que a formação de valores se origina e se consolida verdadeiramente na família.
Resultados atingidos
Os resultados do projeto Convivência: um exercício de valores demonstraram que toda ação pautada nos valores tem visibilidade e, como disse o mestre Paulo Freire, ''o educando descobre-se como um construtor do mundo e da cultura''. Coube a nós, como escola, proporcionar essa ação.

Dessa forma, foi percebida uma transformação em todo o espaço escolar. Entre os educadores, vimos uma maior interação nas relações humanas de empatia, tolerância e maior envolvimento com os alunos. Nesse processo de troca, os alunos demonstraram entre si maior envolvimento com o fortalecimento da amizade, do respeito, da capacidade de perdoar e nas rotinas de sala de aula, mais desenvoltura nas atividades em grupos.

Foi importante para nossa equipe desenvolver um projeto como esse e reafirmamos nossa preocupação em formar cidadãos críticos e autônomos, embasados nos valores.
Equipe de professores e coordenação pedagógicaColégio Pro Campus, Teresina, PI.http://www.procampus.com.br 
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 400, jornal Mundo Jovem, setembro de 2009, página 4.

Acontecendo na prática


  • Em cada bimestre é abordado um tema principal que é composto de algumas ações em conjunto e outras realizadas por cada professor. Seguem algumas sugestões:
    Ética e felicidade
    • Exibição do filme A corrente do bem, com o objetivo de relacionar o nosso bem-estar à satisfação de contribuir com o outro.
    • Encontro de formação com os pais.
    • Encontro com os alunos, sobre o tema.
    • Visitas a algumas instituições sociais da cidade.
    Paz e solidariedade
    • São debatidas algumas personalidades que contribuíram para a construção
    da paz, como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela, Martin Luther King.
    • Poderá ser feito um concurso de redação entre as turmas da escola sobre o tema da paz.
    Trabalho e promoção da vida
    • O trabalho cada vez mais ganhará ares de humanização, oriunda de um coeficiente emocional, característico dos tempos modernos, em detrimento do tecnicismo de períodos anteriores.
    • Exibição dos filmes Tempos modernos e O corte, para problematizar a temática do trabalho.

Ficha técnica

  • Local de realização: Colégio Pro Campus, Teresina, PI.
    Público atendido: alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio.
    Objetivos:
    • Desenvolver o senso de cidadania e responsabilidade social;
    • Cultivar o exercício de uma moral humanitária;
    • Exercitar o sentimento de indignação diante das injustiças;
    • Trabalhar o senso de tolerância e respeito à diversidade;
    • Priorizar o aspecto humano e espiritual em detrimento do material;
    • Cultivar a solidariedade e protestar contra a indiferença.
    Componentes curriculares envolvidos: é uma proposta interdisciplinar, portanto todas as disciplinas estarão envolvidas.
    Equipe: direção, supervisores, professores, alunos, monitores, merendeiras, vigilantes, secretárias.
    Recursos materiais: TV, DVD, aparelho de som, projetor, livros, revistas, jornais e internet.
    Avaliação: desenvolvida no decorrer do projeto, compreendida como um processo contínuo. Observará se os objetivos propostos foram atingidos.
    Os instrumentos avaliativos utilizados serão trabalhos, realização de debates, elaboração de relatórios, entre outros.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)