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segunda-feira, 5 de abril de 2010

dicas para motivar a leitura e a produção textual


Existem estratégias cotidianas e eficazes que criam ambientes educativos motivados para a leitura e a produção textual. Em conjunto, elas proporcionam alegria, interesse e clima propício dos alunos para receberem atividades, despertando-os para o fascinante mundo da literatura, dos bons textos e da escrita como um prazer. Veja algumas dicas:

1. Faça leituras para os seus alunos, em voz alta, de diferentes gêneros textuais. Diferentes e sem pré-conceitos. Lembre-se que o alunado é uma fonte de diversidades. Assim, procure ler textos, tanto literários quanto jornalísticos, poéticos, letras musicais, trechos de blogs juvenis, horóscopo. Isso é importante para que os alunos se familiarizem com diferentes gêneros textuais.

2. Substitua a “caneta vermelha” por revisões coletivas, para que os jovens identifiquem-se como “co-construtores”, leitores, artífices de sentido.3. Conte histórias e casos. Estimule seus alunos a fazerem o mesmo. Crie a “hora do caso”, um pequeno momento, por menor que seja, em que eles possam falar de suas ações, acontecimentos e realidades.

4. Tenha sempre uma boa atividade à mão, que desperte curiosidade, prazer. Ao contar uma história, “crie climas”, envolva os alunos.

5. Utilize os conceitos que irá trabalhar em projetos concretos. Aplique a Gramática em projetos que envolvam pesquisa, jornais, rádios experimentais, trocas de cartas, bilhetes.

6. Evite a “gramatiquice”, a produção sem sentido. Sempre que possível, defina o que vai ser escrito, para quem e para quê. Fique atento aos “grandes” temas da escola, do bairro, da cidade, do mundo. Um exemplo: peça aos alunos que escrevam uma carta à Secretaria de Educação, pedindo a melhoria das condições da quadra de esportes. Ou faça um trabalho em grupo, pedindo que elaborem um convite para uma pessoa da comunidade do entorno escolar, para uma entrevista. Ou, ainda, peça-lhes que redijam uma carta ao autor de uma novela, pedindo para mudar o final da trama que já foi revelado.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)