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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dinâmicas

Jogo das Aparências

Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na comunicação e percepções sobre outra pessoa.

Duração: 30 minutos. /Material: Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, canetas e música alegre e movimentada.

Desenvolvimento:
Facilitador entrega um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para cada um dos participantes.
Pede para cada adolescente escrever no papel 3 características pessoais, de maneira que, a partir dessas características, elo possa ser identificada pelos outros participantes.
A seguir, os participantes dobram o papel e colocam-no dentro do balão.
Cada pessoa enche seu balão e quando estiverem cheios, devem ser todos jogados para cima, ao mesmo tempo e ao som de música animada.
Quando a música parar, cada um pega o balão que estiver na sua frente e o estoura.
Finalmente, cada adolescente lê o papel que encontrou dentro do balão e tenta identificar a pessoa que tem as características descritas.

Sugestões para reflexão:
Como adquirimos os estereótipos?
Por que muitas vezes as aparências enganam?
Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das pessoas? De que maneira?
Tudo o que parece ser é? E o que é parece ser?

Resultado esperado:
Reflexão sobre o modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros e sobre os estereótipos conhecidos pela comunidade.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)