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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quem sou eu?

Provavelmente eu jamais consiga me definir de modo apropriado. Jamais consiga me conhecer completamente. Apenas tenho conhecimento dos meus sonhos, e é com eles que torno-me a cada dia mais segura a respeito de quem sou e de quem quero ser.
Gaúcha. Sonhadora, romântica, leitora compulsiva. Mãe e professora. Amante e amiga. Uma mulher em constante aprendizado, lutando diariamente para defender seus sonhos, princípios e integridade.
Não sou diferente, mas também não sou sempre igual. Tenho minhas particularidades, muitos defeitos e algumas qualidades.
Minha imaginação não tem limites. Sempre estou com um livro na mão, a cabeça mergulhada em alguma história e os neurônios trabalhando em meu próprio universo. Gosto é de ler, leio livrosde todos os gêneros, não tenho – muito- preconceito, mas prefiro romances. Também penso um dia em escrever e criar minha própria fantasia.
Escritores favoritos? São tantos...Tantos gêneros ... Tantos sentimentos...
Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Jane Austen, Erico Verissimo, Saramago, Charlotte Brontë,Mario Quintana, Stephanie Meyer, Shakespeare...
Sou pisciana. Desejo fazer a diferença... Não no Mundo – sou realista -, mas pelo menos fazer a minha parte para realizar alguma coisa que alimente a esperança.
Sou quieta. Tranqüila. Me aborreço fácil, choro com facilidade. Sou sincera, aprecio as boas maneiras e as pessoas que falam baixo. Amo minha família mais do que tudo. Sou teimosa, falo sem pensar, penso sem falar. Sou desorganizada. Sou exigente. Não posso concertar meus erros do passado, mas se há algo que aprendi com eles é que todos os dias tenho a oportunidade de tornar-me alguém melhor. E é por isso que irei lutar.
Quer me agradar? Dê-me um livro. Leve-me ao cinema. De preferência se for um bom romance.
" Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.”
Clarice Lispector

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)