FÁBULA- VEM DO LATIM: fari = falar E DO GREGO: Phaó = dizer FÁBULA= contar algo
DEFINIÇÃO:
A fábula é uma pequena narrativa que serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retrata personagens como animais ou criaturas imaginárias, que representam os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos. Ou podemos dizer ainda em outras palavras.
As fábulas são pequenas histórias que transmitem uma lição de moral, em que as personagens são geralmente animais, que representam tipos humanos, como o egoísta, o ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso.
SIMBOLOGIA - Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do homem: FORÇA
Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três ficaram mundialmente famosos: o grego Esopo (século VI a.C.), o latino Fedro (15 a.C. - 50 d.C.) e o francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695).
v BIOGRAFIA DO ÉSOPO: Nasceu no século VI a.C. O local de seu nascimento é incerto — Trácia, Etiópia, Samos, Atenas e Sardes. Eventualmente morreu em Delfos. ÉSOPO era um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga . A única certeza é que as fábulas a ele atribuídas foram reunidas pela primeira vez por Demétrio de Falero, em 325 a.C. É CONSIDERADO O “PAI DA FÁBULA”. Ele escreveu: A CIGARRA E A FORMIGA; A LEBRE E A TARTARUGA.
v BIOGRAFIA DE FEDRO: Nasceu em: 30 / 15 a.C. Faleceu em: 44 / 50 d.C. NASCEU NA GRÉCIA ERA FILHO DE ESCRAVOS NA PROVÍNCIA DA MACEDÓNIA. Ele publicou cinco livros de fábulas inspirado em Ésopo, Todas não escritas, mas transmitidas oralmente. Recontou as fábulas de Esopo sob a forma de poesia. As suas histórias mostram a sua revolta contra as injustiças e o crime. Ele escreveu: O LOBO E O CORDEIRO, a qual foi escrita por causa daqueles homens que oprimem os inocentes com pretextos falsos. A RAPOSA E O CACHO DE UVAS / A Homem que foi mordido...
v BIOGRAFIA DE JEAN de LA FONTAINE: Nasceu no dia 8 de Julho de 1621 e faleceu aos 73 anos, isso no dia 13 de abril de 1695. Château-Thierry, terra natal de La Fontaine. Era filho de um inspetor de águas e florestas. Em 1652, La Fontaine assumiu o cargo do seu pai como inspetor de águas. Algum ano depois se colocou ao serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, um protetor dos artistas. Ele escreveu 243 fábulas, tais como: A Cigarra e a Formiga, A Raposa e o Corvo, O Lobo e o Cordeiro. Nas suas fábulas, contava histórias de animais com características humanas: a vaidade, estupidez e agressividade humanas.
v No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou. Millôr Fernandes é um escritor carioca que recriou as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine, de forma satírica e engraçada.
A fábula se divide em 2 partes:
1ª parte - a história (o que aconteceu).
2ª parte - a moral (o significado da história.
A origem da fábula perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo como fundador da fábula. Os seus textos: A Raposa e as Uvas, A Tartaruga e a Lebre, O Vento Norte e o Sol, O Menino que criava Lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.
Podem-se citar algumas fábulas imortalizadas por La Fontaine: "O lobo e o cordeiro", "A raposa e o esquilo", "Animais enfermos da peste", "A corte do leão", "O leão e o rato", "O pastor e o rei", "O leão, o lobo e a raposa", "A cigarra e a formiga", "O leão doente e a raposa", "A corte e o leão", "Os funerais da leoa", "A leiteira e o pote de leite".
O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine.
Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".
Sendo um gênero que explicita modos devidos e indevidos de comportamento, atuando sobre o leitor numa perspectiva predominantemente ética, as fábulas não deixam de lhe proporcionar, no entanto, uma leitura, a um só tempo, crítica
) Separe com uma barrinha (/) cada informação, depois discuta (em dupla) sobre qual pontuação usar no lugar das barrinhas e, enfim, reescreva o trecho, pontuando-o.
Gambá
Todo mundo sabe que o gambá é um bicho muito fedorento mas o fedor é um jeito que o gambá
Arranjou de espantar os outros bichos que não poderiam atacá-lo Além do cheiro ele tem outra manha quando percebe o perigo se finge de morto
(ABC do Zôo, Pedro maia, Companhia das Letrinhas)
2. Leia os trechos das fábulas e comente (dupla) sobre a impressão que a leitura lhe causou. Em, seguida, reescreva- os (em seu caderno) os trechos abaixo de maneira que as palavras AÍ, DAÍ e E não apareçam tantas vezes.
A rã e o touro
Um grande touro passeava pela margem de um riacho e aí a rã ficou com muita inveja do seu tamanho e de sua força daí começou a inchar fazendo um enorme esforço para ficar tão grande quanto touro aí perguntou as suas companheiras de riacho se já estava do tamanho do touro aí elas responderam que não.
(Fábula do Esopo, Ruth Rocha, FTD)
A rã
Daí a rã tornou a inchar e inchar nem assim alcançou o tamanho do touro. E pela terceira vez tentou inchar e fez isso com tanta força que acabou explodindo por culpa de tanta inveja.
A cigarra e a formiga
A cigarra passou todo o verão cantando enquanto a formiga juntava seus grãos.
Aí quando chegou o inverno a cigarra pediu que a formiga lhe desse o que comer.
Daí a formiga perguntou o que ela havia feito durante o verão e ela disse que havia cantado e a formiga respondeu que agora deveria dançar.
(Fábulas do Esopo, Ruth Rocha, FTD).
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
Seguidores: é só clicar em seguir! Não precisa ter blog, só qualquer end. do Google.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Formulário de contato
professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário