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domingo, 19 de agosto de 2012

atividades com textos


Como matar sua sogra
Lin é uma linda jovem chinesa, que se casou e, por ainda não ter sua casa própria, foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava a ela. Os temperamentos eram muito diferentes e Lin cada vez se irritava mais com os hábitos e costumes da mãe de seu marido, a quem criticava cada vez com mais insistência.

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Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo. Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com aquela criatura, tomou a decisão de ir consultar um mestre, velho amigo do seu pai.

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Depois de ouvir a jovem, o mestre Huang pegou um ramalhete de ervas  medicinais e disse-lhe: “Para que você se livre da sua sogra, não deve usar estas ervas de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Você deve misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia e, assim, ela vai sendo envenenada lentamente. Mas, para ter a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de nada, você deve ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discuta e ajude-a a resolver os seus problemas.” Lin respondeu-lhe: “Obrigada, mestre Huang, farei tudo o que o senhor me recomenda.”

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Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra. Durante várias semanas, Lin serviu, dia sim dia não, uma refeição preparada especialmente para ela. E tinha sempre presente a recomendação de mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia-lhe  em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.

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Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de lidar. As atitudes da velha senhora também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha.

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Certo dia, Lin foi procurar o mestre Huang para pedir-lhe ajuda e disse: “Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dei.”


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” Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não se preocupe. A sua sogra não mudou. Quem mudou foi você. As ervas que lhe dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno  estava nas suas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que você começou a dedicar.”


I -  Agora que todos os parágrafos já estão colados no seu caderno,  você é capaz de responder ao que se segue, sem copiar do texto:

1. Que fato deu origem à história?

2.  Por que Lin não foi morar em outro lugar?

3.  O que ela planejou, então?

4.  Que instruções Lin recebeu do mestre Huang?

5.  O que aconteceu seis meses depois?

6.  Que ensinamento a história transmite?

II -  Vamos pensar um pouco sobre alguns detalhes do texto?
a)  Você deve ter observado que algumas palavras estão em negrito. Tente descobrir a quem ou a que  se referem!!!
1º parágrafo -  
2º parágrafo -  
3º parágrafo - 
4º parágrafo
5º parágrafo - _
6º parágrafo

7º parágrafo -  

b) O autor do texto poderia, simplesmente, ter repetido as palavras que você usou para responder os itens do exercício II? Por que ele não fez isso e utilizou outras palavras ( lhe, seus, dela, ela) ?


c)   Que expressões foram usadas para se referir à sogra de Lin?


III-  Transcreva do texto

Ø  uma comparação: ______________
Ø  um substantivo:
        
Ø  um adjetivo:

Ø  um verbo:

Ø  uma expressão que indique tempo:

Ø  uma expressão que indique lugar:


Ø  uma expressão que indique modo:


IV- Dê o significado das palavras e expressões abaixo, de acordo com o texto:

                a) casa  própria -  _

                b) ramalhete - _________________________________________________________________________________
                c) entusiasmada - 

                

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)