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domingo, 16 de dezembro de 2012

Cientistas analisam o cérebro de crianças para estudar dislexia


A dislexia é uma condição que, em termos gerais, dificulta a capacidade de interpretação de linguagem de uma pessoa. Erros como a troca de letras (“d” por “b”) ou números (“5” por “2”) são comuns para os que sofrem da doença.
Ela é também chamada de transtorno do desenvolvimento da leitura, pois o cérebro não reconhece ou processa símbolos corretamente. As crianças com esta condição podem achar a compreensão de leitura difícil porque não se conectam com as letras e sons, portanto não podem reconhecer bem as palavras.
Agora, cientistas fizeram progressos na compreensão do que acontece no cérebro de uma pessoa com dislexia, o que não é bem compreendido. Novas pesquisas sugerem que pode ser possível dizer a partir de uma varredura do cérebro se a habilidade de leitura de uma criança com dislexia irá melhorar ao longo de alguns anos.
As descobertas vêm junto com a tendência geral da medicina personalizada, em que testes genéticos, exames cerebrais e outros podem ajudar a prever cada vez mais as condições para as quais um determinado indivíduo está em risco.
Algumas crianças com o transtorno podem “compensar”, ou ler quase normalmente, mas talvez mais lentamente do que os outros, na idade adulta. É difícil saber quem será capaz de melhorar as habilidades de leitura ao longo do tempo, e quanta ajuda extra é necessária.
Um estudo com 25 crianças disléxicas e 20 crianças sem dislexia usou imagens cerebrais para responder a esta pergunta. Os pesquisadores encontraram uma maior ativação e conectividade no hemisfério direito do cérebro em crianças disléxicas que mostraram a maior melhoria em leitura após 2 anos e meio.
Em geral, grande parte da compreensão da linguagem que se passa no cérebro acontece no hemisfério esquerdo, mas há algum envolvimento do hemisfério direito também. O estudo sugere que pessoas com dislexia que passam a ler de forma razoavelmente normal estão usando uma parte do hemisfério direito em tarefas de leitura mais do que a pessoa média
Se amplamente divulgada, este tipo de varredura do cérebro pode ser um complemento importante para as avaliações – com base na leitura e comportamento – já disponíveis para o diagnóstico de dislexia. Se a ressonância magnética se tornar mais útil e banal, o custo (hoje alto) por varredura diminuiria.
Especialistas dizem que a varredura pode fornecer informações úteis, mas não destaca os fatores ambientais, como a qualidade do ensino em sala de aula da criança, que possam contribuir para os problemas de leitura.
Além disso, os pais de crianças disléxicas lembram que é ruim deixá-las ansiosas com mais testes, que podem desanimá-las e piorar seu desconforto em relação a sua incapacidade.
De qualquer forma, os resultados da pesquisa são premiliares, e estudos com amostras maiores precisam ser feitos para confirmar padrões.
Outro estudo recente descobriu que alguns disléxicos podem ter uma maior compreensão do espaço, apesar de uma deficiência na linguagem.
A pesquisa envolveu 20 voluntários com dislexia e 21 participantes sem a condição, e testou como as pessoas identificam formas, navegam em um ambiente virtual, e realizam outras tarefas que envolvem raciocínio espacial. Os homens disléxicos tinham mais habilidades visuais-espaciais.
Os pesquisadores acreditam que isso é uma coisa boa: eles podem criar projetos, pois geralmente podem visualizar as coisas de forma muito clara. É uma habilidade que lhes dará muitas oportunidades.
Devido a isso, letras e números tridimensionais, talvez feitos de plástico ou de barro, podem ajudar uma criança disléxica a entender melhor as formas. Segurar um “7″ na mão vai ajudá-las a confundi-lo menos com um “V”.
A intervenção mais importante é um ensinamento direto e explícito da fonética, ou como os símbolos correspondem a sons. Os cientistas também dizem que quanto mais cedo a dislexia puder ser detectada, melhor.
A personalidade da criança, entretanto, também pesa. Alguns persistem, apesar da frustração, melhor do que outros. Os pais devem falar com psicólogos sobre o melhor plano de ação para o seu filho.
Quanto ao caso de adultos que não sabiam que tinham dislexia, é mais complicado. Uma pessoa que passou por essa situação fez um treinamento em um centro de desenvolvimento de aprendizagem aos 34 anos. Para ele, usar computadores para escrever ajudou tremendamente, especialmente a verificação ortográfica ou correção automática.

no site: http://hypescience.com/cientistas-analisam-o-cerebro-de-criancas-para-estudar-dislexia/

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
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Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
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Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)