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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Resenha: O amor está no ar - Jennifer Echols

Edição: 1
Editora: Pandorga
ISBN: 9788561784836
Ano: 2014
Páginas: 398
http://www.editorapandorga.com.br/?portfolio=o-amor-esta-no-ar

Sinopse: Aluna do ensino médio, Leah Jones ama voar. No ar, ela facilmente se esquece de sua vida com sua mãe, sempre ausente, no bairro humilde de uma cidade praiana de Carolina do Sul. Quando seu instrutor de voo, Sr. Hall, contrata a garota para pilotar aviões em sua empresa de propagandas em banner, Leah considera o emprego sua porta de entrada para a vida longe do estacionamento de trailers. Mas quando ele morre subitamente, ela teme que sua carreira como piloto de aviões tenha chegado ao fim. 
Porém os jovens filhos do Sr. Hall, Alec, o garoto de ouro, e Grayson, o viciado em adrenalina, resolvem continuar o negócio do pai. Embora Leah tenha uma queda pro Grayson há anos, ela receia em se envolver em um negócio que agora parece que não vai muito longe. Até que Grayson descobre um dos piores segredos da menina. Com isso em mãos, ele a obriga a pilotar por uma razão que ele também não revela, uma razão relacionada a Alec. Agora Leah se encontra no meio de uma batalha entre irmãos, e a consequências podem ser desastrosas.

Resenha
Leah é uma menina de 14 anos que vive em trailers com sua mãe irresponsável desde que nasceu. Ela é bonita e pobre, mas tem uma sensualidade inata e isso lhe traz muitos dissabores e o apelido de "vadia do aeroporto". 
Mesmo com tantas dificuldades ela é uma protagonista forte e decidida  e percebe que precisa tocar sua vida, por isso vai trabalhar no aeroporto que fica ao lado do acampamento de trailers. Lá ela se apaixona pela aviação e pela família dona do lugar. O sr. Hall, dono do lugar e pai dos três rapazes percebe que a menina nasceu para ser piloto e a ensina do mesmo modo que aos seus filhos. Mas como o mais velho está no serviço militar e os gêmeos moram com a mãe, ele convive muito com a menina o que suscita muitas dúvidas sobre o relacionamento deles.
 Quando Leah e os gêmeos fazem 18 anos Jake, o filho mais velho morre e o sr. Hall não resiste e morre em seguida, então os gêmeos decidem tocar o aeroporto. A menina acha que o aeroporto logo fechará e recebe outra oferta de emprego, mas antes que possa aceitar é chantageada por um dos irmãos que tem um motivo obscuro para isso. Com a convivência próxima com os gêmeos ela logo percebe que sempre foi apaixonada por um deles mas reluta em aceitar e se entregar, já que o rapaz acha que ela é uma "menina fácil" e costuma ofendê-la constantemente.
Além de tudo isso ela tem Molly, uma amiga rica e mimada que me irritou a história toda e que se fosse comigo eu não teria perdoado. 
Como a história se passa quase que exclusivamente no aeroporto, nos dá uma imagem clara de como é esse mundo e gostei muito. Também gostei de Leah, pois mesmo sendo jovem e cometendo erros normais da adolescência ela não é do tipo "ingênua e desamparada"!
Grayson é do tipo bad boy, me irritou diversas vezes, mas mesmo assim me atraiu o tempo todo. Já Alec é o bom moço, lindo e fofo. Mas a história é boa, tem aqueles enredos que te fazem querer saber logo o fim e inclusive "depois do fim."
Os pontos negativos foram a falta de um epílogo (queria saber como eles ficaram depois)  e alguns errinhos que deviam ter sido corrigidos por alguém mais atento. 

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)