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sábado, 25 de julho de 2015

Resenha: Como eu era antes de você

*(Atenção, pode conter spoiler)



 Terminei ontem "Como eu era antes de você''. Bom, lá vai: Já havia dito que esse gênero não me atrai muito, mas li por insistência de uma amiga e por ler aqui coisas dos tipo ''minha pior ressaca literária'' ou ''chorei rios e mares'', ''livro perfeito''. Me preparei pra isso já que sou um chorão de carteirinha. Porém pasmem. Não soltei uma lágrima!! No último capítulo, me emocionei ao ponto de ficar com os olhos marejados, mas as lágrimas não vieram. Não conhecia o trabalho da Jojo Moyes, esse foi o primeiro livro dela que li e achei sua escrita muito boa e quero ler mais coisas dela. Ela trabalha de maneira mto delicada e leve um tema forte e polêmico como a eutanásia, por isso a leitura foi ao mesmo tempo leve e romântica, mas tb forte e marcante. Adoro qdo os livros me aproximam de histórias reais e humanas, com sentimentos reais, situações reais... Lou e Will são um casal inesquecível e real, e a maneira de Lou lutar por Will é algo que te deixa com esperança na humanidade, tipo, ainda há pessoas assim por aí. Acho que me envolvi ao ponto de lutar pela escolha de Will, e entendi o porquê daquilo tudo, percebendo que aquilo que ele tanto queria não era um ato de covardia, mas sim um ato de coragem. Achei corajoso a autora propor esse fim, qdo fica claro pra nós leitores que Lou finalmente aceita e entende isso tb. É um livro que merece ser lido por te fazer pensar nisso tb, o direito de escolha que cada um tem sobre a sua vida. Qdo terminei de ler, me veio aquela frase do Pequeno Príncipe “Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas'', e de certa forma foi isso que aconteceu... Lou fez os últimos 6 meses de Will valerem a pena ser vividos e, Will fez com que Lou desabrochasse para a vida. Enfim, gostei do livro. Não achei ''o livro'' como algumas pessoas, não será um dos meus preferidos, não ocupará o título de ressaca literária, nem do mais chorado. Engraçado que, qdo li A culpa é das estrelas, chorei mto qdo Hazel lê a carta de Augustus, mas qdo Lou lê a carta de Will, me veio um sorriso no rosto... Acho que foi pelo fato de entender que Will a agradecia pelo simples de tê-lo deixado decidir a sua vida...Enfim, curti mto ler pela lição passada e recomendo tanto pra quem curte um romance ou não. Vale a pena!
Resenha e opinião:  publicado originalmente no Skoob e cedido ao blog pelo autor

Fabio Vivone

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)