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terça-feira, 8 de julho de 2014

Propostas de produção textual 4

BRINCANDO COM FORMAS GEOMÉTRICAS

· Cortar diversos papéis em formas geométricas distintas (quadrado, triângulo, círculo, retângulo) e colocá-los num saquinho;
· Cada participante retira um papel.
· Os grupos se formam de acordo com a forma, a cor e o número das figuras (seis integrantes no máximo);
· O dinamizador entrega aos grupos um pedaço de papel (cartolina ou cartão), mais ou menos tamanho ofício e pede que o grupo monte uma figura, ou seja, que construa um desenho com as formas geométricas recebidas;
· Um representante do grupo explica a imagem construída.


DESENHANDO COM MÚSICA

· Tocar uma música clássica instrumental;

· Os participantes deverão pintar ou desenhar as sensações que tiveram ao ouvir a música.

· OUVIR – atividade fisiológica. Ouvimos tudo porque não somos surdos. ESCUTAR – atividade psicológica, escutamos apenas o que nos interessa; VER – fisiológico, campo de visão; OLHAR – escolhemos o que queremos olhar e olhamos apenas uma coisa de cada vez.


ONDE VOCÊ ESCONDE SEU PRECONCEITO

· Dividir a turma em grupos;
· O dinamizador diz aos grupos: uma cidade vai ser alagada de repente e seus habitantes, que são poucos, serão levados, num barco, para recomeçar a cidade em outro lugar. O problema é que só tem um barco com lugar para apenas 4 pessoas e precisamos escolher quem vamos salvar. Os candidatos são: um desempregado, um idoso, um analfabeto, um traficante, uma prostituta, uma adolescente grávida, um viciado em drogas, um deficiente físico e um aidético.
· Os grupos fazem uma lista de quem salvaria e em seguida explicam suas escolhas para a turma.


PRODUÇÃO COLETIVA DE UM TEXTO SURREALISTA


· Todos em círculo;
· Cada participante recebe um papel;
· O dinamizador vai fazendo as perguntas abaixo. Cada participante responde a primeira pergunta, dobra a folha de forma a esconder a resposta e passa adiante.
· Esse procedimento vai sendo repetido até a última pergunta.
· Respondida a última pergunta, cada participante abre o papel e lê o texto em voz alta.


PERGUNTAS
1. Quem?
2. Onde?
3. Com quem?
4. Quando?
5. O que faziam?
6. O que usavam?
7. De repente...
8. E assim...

DRAMATIZANDO COM JORNAIS

· O dinamizador espalha diversas folhas de jornais pelo chão da sala;
· Cada participante escolhe uma folha;
· Formam-se grupos de até quatro pessoas;
· Cada grupo escolhe uma manchete interessante e em seguida dramatiza a notícia escolhida (pode misturar notícias).
Material: fantasias, papéis coloridos (crepom), jornais, bonés, pano (filó), tesouras, colas.
Variação: fazer um telejornal; os repórteres de rua estarão fantasiados de acordo com as notícias escolhidas.

DNÂMICA: COMO VOCÊ VÊ A VIDA

· Cada participante escreve, num papelzinho, uma palavra que resuma o que ele pensa da vida (pode ser também o que ele pensa de estar aqui), o que isso representa pra ele;
· O dinamizador recolhe todas as palavras num saco ou numa caixinha;
· Cada participante retira uma palavra (não vale ficar com a sua) e desenha o que essa palavra significa pra ele;
· Cada participante apresenta seu desenho e explica o significado após dizer a palavra que retirou.
· Em seguida, o participante que escreveu a palavra fala o que quis dizer com ela, mostra seu desenho e continua a dinâmica, sempre nessa ordem.

OBS.: Caso haja um retroprojetor, o desenho pode ser feito em transparência, filme de rx ou acetado.

· O objetivo é contrastar o que significa a mesma palavra para quem escreveu e para quem recebeu.

DESENHO E COLAGEM

· Cada grupo deverá desenhar um homem ou uma mulher em folha de papel pardo (meia folha) e preencher os espaços fazendo colagem (jornais, revistas) com reportagens e figuras sobre um tema estabelecido pelo dinamizador (Ex.: evolução dos direitos da mulher....).
· Cada grupo apresenta seus resultados.


SUGESTÃO DE TEMAS PARA PRODUÇÃO DE UM TEXTO EM VERSO

1. Fatal
2. Quando amo não sou um
3. Meu Herói
4. Tô Fora
5. Recomeçar
6. Meu Filho
7. Mais uma vez
8. O que vivi até agora
9. Sou feliz
10. O descaminho das drogas
11. O que me inspira
12. Sonho Meu
13. Quero uma vida diferente
14. Minha volta para a escola
15. Eu e o Mar

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)