ATIVIDADE 04 – Descobrindo o colega
· O dinamizador pede a cada colega para que escolha, entre seus pertences, um
objeto com o qual se identifica. Caso o participante não tenha várias opções,
que pegue um objeto qualquer.
· Em seguida o dinamizador pede para que depositem todos os objetos destacados
em um saco, preferencialmente de cor escura.
· Recolhidos todos os objetos, o dinamizador passa a sacola novamente para que
cada participante pegue um, sem ver ou escolher, evitando pegar o seu próprio.
· Agora, cada participante deverá falar sobre o objeto que está em seu poder,
estabelecendo alguma relação entre o mesmo e o seu proprietário.
Posteriormente, deverá “indicar” a quem pertence.
· Uma vez descoberto o proprietário do objeto em questão, deverá este dar
seqüência a dinâmica.
ATIVIDADE 05 - Ditado de auto-afirmação
· Explicar aos participantes que todos farão um DITADO, e que deverão pegar uma
folha e numerar de 1 a 13.
· Começar o ditado propriamente dito, procedendo da seguinte forma:
1. O animal de que você mais gosta (cachorro, gato...);
2. um animal da floresta;
3. um animal que você considere forte;
4. um dos elementos da natureza (água, ar, fogo, terra);
5. sol ou lua;
6. a palavra MURO;
7. a palavra XÍCARA;
8. a palavra SAUDADE;
9. um sentimento;
10. um sentimento (também);
11. onde você trabalha (casa, escola, rua...);
12. a palavra FAMÍLIA;
13. com quem você gosta de conviver (uma única pessoa ou um grupo);
· O dinamizador pede para que cada participante escreva ao lado de cada palavra
uma única palavra que traduza o que a palavra anterior representa pra ele. Pode
ser um sentimento ou uma sensação)
· Agora o dinamizador fará uma análise das “respostas” da seguinte forma:
1. O que você escreveu aí ao lado da palavra inicial significa o que você pensa
que é, mas não é;
2. o que os outros pensam a seu respeito;
3. o que você é de fato;
4. como você vê a vida;
5. como você vê sua mãe;
6. como você vê a morte;
7. como você está hoje em relação a sua sexualidade;
8, 9 e 10. representam os cuidados e a atenção que você deve ter nas relações
do dia-a-dia;
11, 12 e 13 – compromissos que devemos ter com nós mesmos para que tudo
aconteça.
Explorando o Desenho
ATIVIDADE 01 - E se levássemos tudo ao pé da letra...
· Distribuir folhas de papel ofício em branco para todos os participantes;
· Relacionar, no quadro, uma série de expressões populares utilizadas no
dia-a-dia e que têm sentido figurado;
· Pedir aos participantes para que escolham de uma a quatro expressões e
representem-na(s) através de um desenho, levando em consideração seu sentido
próprio, ou seja, como seria se entendêssemos ao pé da letra.
· Esta atividade pode ser feita individualmente ou em dupla.
Sugestões:
1. Vai plantar batatas!
2. Vai ver se estou na esquina!
3. Vai tomar banho!
4. Vai te catar!
5. Vai catar coquinho!
6. Se manca!
7. Seu cabeça de abóbora...
8. Seu cara de bolacha...
9. Você é uma anta.
10. Vai ver se estou na China!
11. Você é um banana!
12. Você é um pamonha!
13. Você é um animal!
14. Tomou um soco na boca do estômago.
15. Chegamos à boca da noite.
16. Sacou o dinheiro na boca do caixa.
17. Comprou uma cabeça de alho.
18. Você é um doce de pessoa.
19. Estava com cara de quem comeu e não gostou.
20. É um cara de pau.
21. Rachou a cara de vergonha.
22. Acabou de entrar numa fria.
23. Ele bateu as botas.
24. Não pode ver um rabo de saia...
25. Sua calça está pescando siri...
26. Cuidado! Sua batata está assando...
27. Ele amarelou e por isso desistiu.
28. Vivia no mundo da lua...
29. Aquele rapaz é muito aéreo (alienado);
30. Ele morreu de rir daquela piada.
31. Tirar água do joelho.
32. Passar um fax.
33. Pisando em ovos.
34. Está vermelho de raiva.
35. Pisando na bola.
36. A namorada dele deu um bolo.
37. Ele tomou um toco.
38. O namoro acabou e ele está na fossa.
39. Ela está deprimida, no fundo do poço.
40. Aquele garoto tem cocô na cabeça.
De tudo um pouco: resenhas; atividades escolares para o Ensino Fundamental I e II, Educação Infantil, Alfabetização; Jogos; Dicas; Atividades, Planos e projetos de aula, Textos teóricos; Artesanato; Redação; Enem; Vestibular; Revistas; Artigos; Moldes; Reciclagem...
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terça-feira, 8 de julho de 2014
Propostas de produção textual 2
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professores apaixonados
Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)
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