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terça-feira, 8 de julho de 2014

Propostas de produção textual EXPLORANDO OS TEMAS TRANSVERSAIS

PREPARANDO UM DISCURSO

Você foi escolhido pelos seus colegas de classe para ser o orador da turma na solenidade de formatura. A escolha trouxe-lhe um problema: a redação de um discurso. Você não quer ser prolixo, e deseja, portanto, fazer um discurso de formatura curto, preciso, sem utilizar expressões ocas e desgastadas, em que você fale das responsabilidades sociais dos estudantes brasileiros. Então, mãos à obra.



PAPÉIS SEXUAIS


“Quem deve cuidar da casa e dos filhos é a mulher, o homem cuida do sustento da família.” (Severino, 38 anos)

A sexualidade está muito relacionada com o papel que homens e mulheres desempenham socialmente. O que a sociedade espera do comportamento do homem e da mulher é o que se chama de papel sexual.
A sociedade e a cultura de cada povo determinam como homens e mulheres vão incorporar esses papéis e quem não segue esse padrão, normalmente não é visto com bons olhos.
Antigamente, não se admitia que a mulher trabalhasse fora, usasse calças compridas e batom. Atualmente, muitas mulheres desenvolvem trabalhos iguais aos dos homens e se vestem de acordo com a conveniência, condição e ocasião.
Apesar da modernização que a estrutura social sofreu nas últimas décadas, observamos que a educação de meninas e meninos continua sendo bem diferenciada. Enquanto os meninos são educados dentro da ótica da competição e agressão, as meninas são educadas para serem delicadas e maternas.

Quando chega a adolescência, vem uma série de proibições para a menina: não deve sair sozinha, não pode transar com o namorado etc. Já para o rapaz, tudo é permitido e até estimulado: sair só, beber, fumar, voltar para casa de madrugada, ter relações sexuais.
Essa reflexão não pretende fazer meras substituições entre as posições sociais que os homens e as mulheres ocupam, mas promover a igualdade de direitos e a equiparação de oportunidades.


DINÂMICA: Por que tanta diferença?

· Separar a turma em grupos só de meninos e só de meninas;

· Os grupos de meninos deverão discutir e relacionar cinco vantagens e cinco desvantagens de ser mulher;

· Os grupos de meninas deverão discutir e relacionar cinco vantagens e cinco desvantagens de ser homem;
· Feitas as listagens, cada grupo apresenta seus resultados.

Pontos para discussão:

a) Qual a origem dessas diferenças?
b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são estereotipadas?
e) É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em “mulher” e vice-versa?
f) Masculino e feminino é a mesma coisa que macho e fêmea?


CURTINDO O MEU CORPO

“Me acho muito desinteressante, nada fica legal para mim. Eu queria ter um corpo de modelo, um cabelo bonito e roupas bem transadas. Acho que nunca vou ser bonita como as modelos. Será que eu ainda posso mudar? “
(Rosana, 14 anos)

Corpo e personalidade transformam-se ao mesmo tempo na adolescência e aí vêm as surpresas, o não saber o que fazer para esconder ou evidenciar mais essas mudanças, que trazem ainda dúvidas sobre a normalidade de suas ocorrências. Não dá para ficar indiferente. A síndrome do “Patinho Feio” toma conta de ambos os sexos. Surgem as comparações com os corpos dos amigos. Ser livre conflita-se com a necessidade de ser igual aos amigos.
A sociedade propõe estereótipos (modelos rígidos, definidos) de beleza. As pessoas passam a correr atrás desses modelos, que costumam ser associados ao sucesso, poder, desempenho sexual e plena aceitação social.
No entanto, é importante saber que para ser atraente e simpático(a) não é preciso ser bonito(a). O que vale é como expressamos nossos sentimentos aos outros. Para isso, temos que gostar por inteiro e entender que nosso corpo é nosso fantástico instrumento de comunicação interpessoal e que precisamos cuidar bem dele.

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)