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terça-feira, 8 de julho de 2014

Texto: Adolescência, com interpretação

TEXTO 04
                                                           ADOLESCÊNCIA
As primeiras alterações dos processos mentais na adolescência se relacionam com as mudanças físicas da puberdade: o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. O adolescente experimenta uma reorganização no modo de viver, descobre novas sensações e conceitos, procura se entender e se conhecer nesse corpo e se situar diante de novas responsabilidades sociais. Sente que vive o fim da infância e o início de uma nova fase. Para poder desfrutar dela, é necessário que ocorra no psiquismo a elaboração das perdas referentes ao mundo infantil. Trata-se de reorganizar a imagem corporal, a representação de um corpo que muda rapidamente. A ele correspondia um papel de dependência, que se manifestava através de atitudes e ações frente aos pais.
No plano social, o adolescente percebe que começa a ser cobrada a sua entrada (desejada e temida) no mundo adulto, em diversos planos: profissional, afetivo, etc. As mudanças do corpo e a insegurança psíquica são vividas como algo incontrolável, que ele não domina e cujas consequências nem imagina. 
As mudanças hormonais provocam alterações de humor, de movimento (  o indivíduo fica desengonçado com o crescimento díspar do corpo) ; sentimentos de vergonha ou orgulho interferem na auto-imagem e, consequentemente, na auto-estima.
O adolescente tem momentos nos quais tem vontades infantis. Essa ambivalência gera incertezas, medos e angústias. No meio de tanta turbulência emocional e mudanças corporais, ele tenta construir sua identidade.
                                             
                                                   Marta Suplicy ( Sexo se aprende na escola)


Com base na leitura e interpretação do Texto 4Adolescência, de Marta Suplicy, responda às questões abaixo:
01.  Pesquise o significado das seguintes palavras no texto :
a) puberdade                                               f) ambivalência
b)  psiquismo                                               g) turbulência
c)  psíquica                                                  h) identidade
d)  hormonais                                              i) auto-imagem
e) díspar                                                      j) auto-estima   

02. Ao tratar do tema  adolescência , o texto insiste numa característica dessa fase da vida. Qual ?  Justifique a sua resposta com elementos do texto.

03. No período “Para poder desfrutar dela, é necessário que ocorra no psiquismo a elaboração das perdas referentes ao mundo infantil”, a que se refere o termo dela ?

04.  “O adolescente experimenta uma reorganização no modo de viver, descobre novas sensações e conceitos, procura se entender e se conhecer nesse novo corpo e se situar diante de novas responsabilidades sociais.”
a)  a quem se refere o pronome  se ? 
b)  Reescreva esse período substituindo adolescente por adolescentes

05. Qual o sentido da expressão “caracteres sexuais secundários“?

06.  Que dificuldade tem o adolescente para construir a sua identidade ?

07. Na passagem: “A ele correspondia um papel de dependência, que se manifestava através de atitudes e ações frente aos pais”, a que termo se refere o pronome  que ?


08. Como ficam a auto-imagem e a auto-estima do adolescente ?

fonte: sites variados internet

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professores apaixonados

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo.
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.
Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.
* Gabriel Perissé é Mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP e doutor em Filosofia da Educação e doutorando em Pedagogia pela USP; é autor dos livros "Ler, pensar e escrever" (Ed. Arte e Ciência); "O leitor criativo" (Omega Editora); "Palavra e origens" (Editora Mandruvá); "O professor do futuro (Thex Editora). É Fundador da ONG Projeto Literário Mosaico ; É editor da Revista Internacional Videtur -Letras (www.hottopos.com/vdletras3/index.htm); é professor universitário, coordenador-geral da ong literária Projeto Literário Mosaico: www.escoladeescritores.org.br)